Equipes técnicas da Secretaria Executiva de Defesa Civil do Recife promovem vistorias em prédios-caixão que estão interditados no Recife. Serão identifidos os imóveis que apresentam risco a terceiros para que sejam incluídos na relação que irá constar no termo de cooperação a ser assinado entre o Governo de Pernambuco, a Caixa Econômica Federal e os municípios de Recife, Olinda, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes e Paulista para viabilização de estudos técnicos.
O balanço com os prédios com riscos serão apresentados na próxima terça-feira (12), às 10h, a 12ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco durante uma nova audiência de conciliação.O Governo de Pernambuco e a Caixa Econômica Federal irão arcar com os recursos e a contratação da empresa que irá realizar os estudos para inspeções para coleta de amostras e elaboração de projetos executivos de recuperação.
Todas as famílias receberão apoio dos munícipios, que serão responsáveis pelas despesas decorrentes da retirada temporária dos moradores durante a inspeção.
Nesta última sexta-feira (1º), um prédio desabou parcialmente na Avenida Hélio Falcão, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, mas ninguém ficou ferido. O edifício Emílio Santos, construido em 1990, somava 32 apartamentos nos três blocos do tipo caixão.
Na Região Metropolitana do Recife existem 5.300 prédios-caixão e aproximadamente 5 mil têm risco entre leve e grave de desabamento, segundo informações do Itep. Existem ainda 233 edifícios com risco muito alto, onde cerca de 80% continuam a ser habitados. A última morte em decorrencia de desabamentos ocorreu em 1999, onde 12 pessoas vieram a falecer no desmoronamento de dois prédios.