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Moradores de Ponte dos Carvalhos estão preocupados com destino de capela do século 17

Contrução de shopping, faculdade e empresariais deixou população em dúvida sobre preservação da igrejinha

Da editoria de Cidades
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Publicado em 26/08/2014 às 7:44
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Contrução de shopping, faculdade e empresariais deixou população em dúvida sobre preservação da igrejinha - FOTO: Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Moradores de Ponte dos Carvalhos, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, estão preocupados com o destino de uma igrejinha do século 17 que ficou isolada num terreno próximo da antiga BR-101 Sul. A área está sendo preparada para receber novas construções, como shopping center, faculdade e empresariais. Ninguém sabe se a Capela de Santo Antônio do Monte, localizada no alto de uma colina e única edificação que sobrou do Engenho Velho, será preservada.

A capela não faz parte da lista de bens tombados no Estado de Pernambuco, em nível federal ou estadual. Mas, de acordo com o secretário interino de Planejamento e Meio Ambiente do Cabo de Santo Agostinho, Arthur Albuquerque, a igreja conta com proteção municipal: é considerada sítio histórico pela lei n° 2.882/2011 (anexo III) e definida como zona de interesse histórico na lei n° 2.360/2006 (capítulo V, seção II, Art. 48).

O terreno onde será implantado o empreendimento foi adquirido pela Cone Suape, empresa do ramo logístico. Por meio da assessoria de imprensa, a Cone informa que, no momento, não há projeto para demolição do templo. O motivo da inquietação dos moradores seria a construção de uma outra igreja, em Ponte dos Carvalhos, dedicada a Santo Antônio e inaugurada em 2 de agosto último, para substituir a velha capela.

“Muita gente fala da derrubada da capela, é a notícia que se escuta aqui”, declara a dona de casa Cremilda Maria da Conceição, moradora da Vila Esperança e vizinha da nova igreja. A imagem de Santo Antônio, que ficava no altar da capela, já se encontra na igreja. “Os bancos também serão transferidos”, diz Cremilda.

Segundo ela, vândalos destruíram portas e janelas do prédio novo no dia seguinte à inauguração, atirando pedras nos vidros. A vila e a igreja foram construídas pela Cone Suape, para atender a uma comunidade próxima da capela. O povoado teve de ser removido para permitir as mudanças na área.

A Capela de Santo Antônio do Monte integra o inventário de varredura do patrimônio material do ciclo da cana-de-açúcar do Cabo, realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2008. No documento, técnicos do Iphan classificam a igreja como uma construção do século 17 com alterações na planta, inclusão de anexos e substituição de materiais, entre outras.

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