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Artesãos reclamam das novas bancas de comércio do Alto da Sé

Segundo os comerciantes, as barracas padronizadas que começaram a ser instaladas nessa semana não têm espaço para expor ou guardar todos os produtos que vendem atualmente

Do JC Online
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Publicado em 18/10/2014 às 8:10
Foto: Guga Matos / JC Imagem
Segundo os comerciantes, as barracas padronizadas que começaram a ser instaladas nessa semana não têm espaço para expor ou guardar todos os produtos que vendem atualmente - FOTO: Foto: Guga Matos / JC Imagem
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O principal ponto turístico de Olinda, o Alto da Sé, vai ganhar uma novidade: barracas padronizadas para o comércio de artesanato. As bancas de madeira começaram a ser montadas nesta semana e vão abrigar os 29 artesãos que comercializam seus produtos no largo da Sé. A notícia parece boa, mas gerou uma onda de insatisfação entre os comerciantes. Eles reclamam que o novo local de trabalho é menor que o atual e não tem espaço para expor ou guardar todos as mercadorias. Por isso, a oferta de produtos e as vendas vão cair. 

“Nós somos a favor da padronização, queremos que fique tudo organizado. Mas essas barracas não oferecem boas condições de trabalho. A mesa é estreita e não há onde pendurar os artesanatos. O espaço de guardar o material também é pequeno, algumas peças nem entram, por isso vamos ter que levá-las para casa todos os dias”, explica o artesão Carlos Alberto da Silva, 56. O colega Gilson José da Silva, 50, ainda disse que não terá mais espaço para trabalhar. “Sou comerciante e artesão. Faço as talhas ao lado da barraca e é isso que atrai os turistas. Eles param para me ver trabalhando e compram algo. Agora, vou ficar na frente dos produtos”, reclama.

Segundo Carlos Alberto, a padronização vem sendo discutida há pelo menos cinco anos com a Prefeitura de Olinda e, desde a apresentação do desenho da nova barraca, os artesãos mostraram sua insatisfação. Mesmo assim, o modelo não sofreu nenhuma alteração. Por nota, a prefeitura negou as declarações de Carlos e disse que o formato foi acordado com os artesãos. As novas bancas são quadradas com 50 centímetros de lado, mas quando abertas ganham mais 60 centímetros de cada lado. Hoje, os artesãos ficam em barracas que têm 1,2 metro de comprimento e 80 centímetros de largura, além de grades laterais e prateleiras superiores. No futuro, as tapioqueiras também ganharão novas barracas. A novidade também não agrada. “Não vai dar nem metade das panelas”, dizem as comerciantes.

Leia a matéria completa na edição do Jornal do Commercio deste sábado (18)

 

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