MOBILIDADE

Jaboatão vai regulamentar transporte complementar

Decisão foi anunciada um dia após o acidente entre um micro-ônibus e um caminhão, no bairro de Pontezinha

Felipe Vieira
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Felipe Vieira
Publicado em 12/12/2014 às 6:11
NE10
FOTO: NE10
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Com cerca de 20 anos de atraso, e na esteira de um acidente com vítima, o município de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, promete, até março de 2015, regulamentar o transporte complementar de passageiros. Apesar de a prefeitura afirmar que a pesquisa de origem e destino que determinará o perfil do novo sistema começou em outubro, o anúncio só foi feito ontem, um dia depois da colisão entre um micro-ônibus e um caminhão, no quilômetro 88 da antiga BR-101, em Pontezinha. O motorista do coletivo, Antônio Silveira Júnior, 34 anos, morreu e 25 pessoas ficaram feridas.

A tarefa nem de longe será fácil. Surgido em meados da década de 1990, o sistema complementar é hoje um monstro sem controle, com 416 veículos, entre micro-ônibus e kombis, transportando nada menos que 75% da população que realiza deslocamentos dentro da cidade. Ainda existem 150 kombis clandestinas – sem autorização da prefeitura – que circulam no município.

Veículos cometem várias irregularidades no trânsito -
Veículos cometem várias irregularidades no trânsito -
Veículos cometem várias irregularidades no trânsito -
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Veículos cometem várias irregularidades no trânsito -

São apenas 56 agentes de trânsito, divididos em três turnos, para fiscalizar a operação da frota. A dependência que a população tem do sistema somada à incapacidade gerencial da prefeitura resulta em um quadro nada difícil de visualizar: os motoristas não respeitam regras elementares de trânsito, param em locais proibidos, andam fora de vias exclusivas e atrapalham as paradas dos ônibus convencionais. “Hoje mesmo eu já perdi dois coletivos porque os micro-ônibus ficam no ponto. Sem ter como parar, os ônibus vão embora”, conta, desolado, o aposentado Sebastião da Silva, 74, morador de Prazeres. Pouco depois de falar com a reportagem, ele conseguiu pegar um ônibus, que só parou 30 metros depois do ponto, obrigando-o a andar, com dificuldade.

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