Turismo

Parque de Esculturas ganha mais uma obra de Brennand

A serpente marinha é a 91ª peça do parque, localizado nos arrecifes do Porto

Da Editoria Cidades
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Publicado em 29/04/2015 às 8:08
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
A serpente marinha é a 91ª peça do parque, localizado nos arrecifes do Porto - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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A serpente marinha projetada pelo artista plástico Francisco Brennand para o Parque de Esculturas já está instalada em seu esconderijo nos arrecifes do Porto. Feita de bronze, com 22 metros de comprimento e 1,4 metro de largura, a peça ainda está coberta com plásticos e deverá ser apresentada ao público nos próximos 30 ou 40 dias. Esta semana, operários concluem a colocação das pedras no ninho da serpente, para cobrir as placas que sustentam o monstro marinho no chão.

Quando a montagem estiver pronta, o visitante verá a serpente entrando e saindo dos arrecifes, num movimento ondulatório criado pelo rabo, cinco arcos formando o corpo e a cabeça do animal mitológico. A peça ocupa uma área de 25 metros de comprimento por 6 metros de largura, diz o escultor Jobson Figueiredo, responsável pela fundição em bronze.

Ele iniciou, no ano passado, a restauração de parte das estátuas do parque, danificadas pelo excesso de sal, vento e maresia. O serviço está quase finalizado. Mas durante a montagem da serpente marinha um guindaste danificou dois painéis de Brennand e uma placa de bronze. “Francisco está refazendo as obras e também consertando a escultura do Cosme (faz dupla com Damião no parque), que apresenta avarias”, declara.

Brennand entrega as peças em 30 ou 40 dias. “Ficando tudo organizado, inauguramos a serpente”, afirma Jobson Figueiredo. A Coluna de Cristal, principal escultura do parque, com 32 metros de altura, passou por processo de restauração e teve os parafusos de inox enferrujados substituídos por outros de bronze, mais resistentes à maresia.

Aberto no ano 2000, para marcar os 500 anos do descobrimento do Brasil, o Parque de Esculturas é composto de 91 peças, contando com a serpente. “É um lugar muito bonito, mas está sujo e tem aspecto de malcuidado. Percebemos que o problema é decorrente do povo mesmo, que toma água e sacode a garrafa dentro das luminárias quebradas”, comentam Letícia Barata e Gabriel Naiff, turistas de Belém do Pará, na primeira visita do casal ao Recife.

“Não passamos mais tempo no parque porque o sol é forte a esta hora (10h30), o ideal seria fazer a visita no fim da tarde”, acrescenta Letícia. A falta de sombra também foi comentada pelo casal Ana Paula e Augusto Tavares, de Vitória, capital do Espírito Santo. “Poderia ter um quiosque para vender água e como ponto de apoio aos turistas”, diz Augusto.

Eles sugeriram mais segurança no local. “Não vimos policiamento e a segurança é importante para o turista”, ressaltam, ao iniciar o retorno ao Marco Zero, usando uma das embarcações que fazem a travessia dos arrecifes até a praça. Ana Paula e Augusto elogiaram as obras do artista plástico, no primeiro passeio pela capital pernambucana. “São lindas e imponentes, mas parecem largadas ali.”

Barqueiro há 35 anos, Carlos Francisco Peixoto disse que falta mais infraestrutura na travessia. A escadaria de acesso ao barco, na praça, está com degraus quebrados (visíveis na maré baixa) e o píer flutuante no lado dos arrecifes precisa de ajustes nos tambores de sustentação. A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) disse que o píer passou por reforma em março.

“Os baldes de sustentação estão incompletos, por isso a plataforma fica empinada. Na reforma, botaram os mesmos baldes velhos. E não colocaram as âncoras”, diz o barqueiro. “A prefeitura não faz a limpeza das escadaria e do píer. Quem limpa é a gente, passando uma escova”, afirma. A prefeitura prometeu recuperar os tambores em 2013, ao exibir 11 novos barcos para a travessia da praça ao parque. O serviço custa R$ 2,50 por percurso. Ida e volta, R$ 5.

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