Manifestação

Residentes protestam contra a falta de condições de trabalho

Profissionais denunciam a falta materiais e medicamentos para o atendimento dos pacientes

Do JC Online
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Publicado em 22/07/2015 às 10:20
Foto: TV Jornal/ Reprodução
Profissionais denunciam a falta materiais e medicamentos para o atendimento dos pacientes - FOTO: Foto: TV Jornal/ Reprodução
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Os residentes dos três hospitais da Universidade de Pernambuco (UPE) cruzam os braços nesta quarta-feira (22) em protesto contra a falta de condições de trabalho e atendimento à população nas unidades de saúde. Cerca de 280 profissionais de medicina, nutrição, odontologia, enfermagem, entre outras áreas da saúde, que atuam no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) e Pronto-Socorro Cardiológico Universitário Prof. Luiz Tavares (Procape) se reuniram em frente ao HUOC, no bairro de Santo Amaro, de onde saíram em passeata em direção ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo.

Munidos de faixas e cartazes, os residentes denunciam que esta é uma crise antiga e criticam a atenção dada pelo governo aos hospitais. "Os recursos emergenciais liberados pela Secretaria de Saúde, 4,9 milhões no repassasse Federal do SUS, são insuficientes para o hospital. É necessário o investimento permanente do Governo Estadual. Além da falta de medicamentos, o Hospital tem problemas sérios de infraestrutura, com pavilhões fechados e alagamentos", explica o representante da Associação dos médicos Residentes de Pernambuco. 

"É constante a falta de abastecimento, não é só a falta de medicamentos de tratamento quimioterápicos, mas de outros materiais básicos como agulhas, siringas, materiais cirúrgicos e antibióticos, que são necessários para qualquer paciente internado", conta a residente de clínica médica do Osvaldo Cruz Thaiza Rodrigues, que destacou a possibilidade de greve. "Hoje [22] estamos paralisando 24 horas e, se não nos for dada uma resposta, consideramos a possibilidade de entrar em greve", completa.

Procurada, a direção do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) admitiu que a unidade de saúde sofreu uma crise de desabastecimento de insumos farmacêuticos e hospitalares, que resultou em prejuízo a assistência médica nas últimas semanas. A direção destacou que a unidade hospitalar recebeu o repasse federal em torno de R$ 4,9 milhões, vindos do SUS, que mantém a unidade, na última sexta-feira (17) e que "as ações administrativas já foram tomas para reposição dos estoques, respeitando-se os prazos legais". A gestão do Huoc afirmou ainda que a expectativa é de que a situação esteja regularizada em poucos dias, inclusive com o aumento das atividades do bloco cirúrgico.

Segundo os residentes, os setores de quimioterapia e enfermaria atendem, porém as demais áreas estão com os serviços suspensos. Nessa terça-feira (21), a direção do Hospital Universitário Osvaldo Cruz anunciou a compra de medicamentos quimioterápicos, que devem abastecer o estoque em 60% e durar entre quatro e seis semanas.

No início da manifestação, os residente fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao mastologista Antônio Figueira, falecido na última segunda-feira (20). 

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