Direitos Humanos

MPPE entra com ação contra o Estado por atuação da PM em manifestações

Órgão pede indenização, a criação do Conselho Estadual de Segurança Pública e regulamentação da atuação dos policiais em protestos

Do JC Online
Cadastrado por
Do JC Online
Publicado em 07/10/2015 às 22:49
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Órgão pede indenização, a criação do Conselho Estadual de Segurança Pública e regulamentação da atuação dos policiais em protestos - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Leitura:

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ingressou nesta terça-feira (6) com ação civil pública de indenização por danos coletivos difusos contra o Estado, após colher depoimentos sobre abusos e violações de direitos humanos praticados pela Polícia Militar contra manifestantes entre 2011 e 2015. Além da reparação pecuniária, o MPPE requereu que o Estado seja obrigado a apresentar, em 60 dias, projeto de lei para criação do Conselho Estadual de Segurança Pública e, em 120 dias, minuta de procedimento operacional padrão para regulamentar a atuação dos policiais em manifestações.

Segundo o MPPE, promotores do órgão obtiveram informações de um inquérito civil aberto na Promotoria de Justiça e Direitos Humanos da Capital que apontavam irregularidades na conduta dos policiais em manifestações de categorias como rodoviários, estudantes e do movimento Ocupe Estelita, por exemplo.

No texto da ação civil, os representantes do MPPE afirmam que a atuação dos policiais militares ma reintegração de posse do terreno arrematado pelo Consórcio Novo Recife foi desproporcional. Na ocasião, foram enviados mais de 100 policiais, a maioria deles do Batalhão de Choque, para retirar aproximadamente 40 manifestantes do local. O fato de os responsáveis por cumprir a medida judicial não ter comunicado previamente ao menbro do MPPE a desocupação também está no texto.

"Uma eventual condenação deve ser revertida ao Fundo Municipal de Direitos Humanos, para aplicação em políticas protetivas no tocante aos direitos à vida, à dignidade da pessoa humana e à liberdade de expressão", afirmaram os promotores Isabela Bandeira e Maxwell Vignoli.

Últimas notícias