PREVENÇÃO

População deve denunciar piscinas abandonadas com possíveis focos do Aedes aegypti

As denúncias são frequentes e moradores do entorno desses lugares relatam casos de dengue, chicungunha e zika

Do JC Online
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Publicado em 03/03/2016 às 7:04
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As denúncias são frequentes e moradores do entorno desses lugares relatam casos de dengue, chicungunha e zika - FOTO: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Piscinas abandonadas podem se tornar criadouros do mosquito Aedes aegypti. Não faltam denúncias de espaços com água e sem uso. De fevereiro até ontem, o Comuniq, aplicativo colaborativo do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, recebeu 10 denúncias de piscinas sem os devidos cuidados: seis no Recife (Espinheiro, Casa Forte, Bomba do Hemetério, Ilha do Leite, Iputinga e Cordeiro), uma em Olinda (Rio Doce) e três em Jaboatão dos Guararapes (Candeias e Dois Carneiros). As prefeituras pedem que a população denuncie situações como essas.

Na Avenida Maurício de Nassau, na Iputinga, Zona Oeste da capital, a casa de número 38 está à venda. Fechado, o imóvel tem uma piscina atrás com água sem ser tratada, motivo de preocupação dos vizinhos. “Meu filho adoeceu, com febre, manchas vermelhas e dores nas juntas. Outros moradores também tiveram dengue, zika ou chicungunha”, diz o comerciante André Ricardo Pinheiro. 

No bairro de São José, área central do Recife, outra piscina chama a atenção. Fica no terreno onde está sendo construído um Centro Comunitário da Paz (Compaz). Na Rua João Meira Lins, que fica ao lado do prédio, moradores relatam que é difícil encontrar uma pessoa que não tenha sido picada pelo Aedes. “No final da tarde começam a aparecer os mosquitos. A prefeitura pede para não deixarmos nada em casa que acumule água sem tampa, mas permite uma situação como essa”, reclama o pintor José Gomes, 75, que teve chicungunha. A Prefeitura do Recife garante que regularmente a piscina recebe larvicida biológico. 

Gerente de Vigilância Ambiental do Recife, Jurandir Almeida diz que em 90% das denúncias de piscinas em imóveis fechados na capital é feito o tratamento da água. “Mesmo com a casa fechada muitas vezes conseguimos arremessar o larvicida enrolado em um pano”, explica. 

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