Neste Sábado de Aleluia, após jejum e reflexões da Sexta-feira da Paixão, a expectativa dos católicos é pela ressurreição de Jesus Cristo, que acontece neste domingo (27) com a celebração da Páscoa. Este sábado (26), é dia de participar das vigílias pascais, quando é aceso o Círio Pascal, uma grande vela que representa a luz do filho de Deus ressuscitado. Antes há a bênção do fogo. O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, pede que os fiéis levem velas para a vigília que começará às 20h na Catedral da Sé, em Olinda, no Grande Recife.
“Não adianta celebrar a Quinta-feira Santa e a Sexta-feira da Paixão se o católico não participar da Missa da Ressurreição, no domingo de Páscoa. É um momento de alegria pelo retorno de Jesus Cristo, o ponto alto da Semana Santa e a culminância da nossa fé. É importante também acompanhar as vigílias que acontecerão neste sábado na maioria das paróquias da Arquidiocese”, destaca dom Fernando, lembrando que hoje os fiéis aproveitam para renovar as promessas batismais.
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A Missa da Ressurreição, novamente na Sé, será amanhã às 9h. Mais cedo, às 6h, o arcebispo diz que haverá a Procissão do Cristo Ressuscitado, com saída da frente da Igreja do Convento de São Francisco, também no Sítio Histórico de Olinda. Dom Fernando encerra a Semana Santa numa caminhada que sairá às 16h da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no bairro de Beberibe, Zona Norte do Recife.
DEVOÇÃO - Centenas de pessoas lotaram a Catedral da Sé para acompanhar, ontem à tarde, a Liturgia da Paixão, ritual que relembra os últimos momentos de Jesus até sua crucificação e morte. Depois houve as preces universais. Judeus, cristãos, ateus, enfermos, exilados e presos, entre outros, foram lembrados pelos religiosos e católicos. A cerimônia terminou com a adoração da cruz e a comunhão. Em seguida, a Procissão de Nosso Senhor Morto percorreu as principais ruas da Cidade Alta. Também ontem, no Marco Zero, houve o espetáculo da Paixão de Cristo, que atraiu cerca de 30 mil pessoas para o Recife Antigo.
No sermão que proferiu antes da procissão, dom Fernando falou sobre o desemprego no Brasil, a atual situação política do País e sobre os ataques terroristas na Bélgica. “A Paixão de Jesus nos leva a pensar no sofrimento que o mundo está vivendo. A crise de ordem política, ética e social que passa o Brasil é muito séria. O desemprego preocupa. Em Bruxelas, 34 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas. Precisamos cada vez mais colocar Deus nas nossas vidas”, enfatizou o arcebispo.
A procissão terminou em frente ao Convento de São Francisco. Além da imagem de Jesus morto acompanharam o cortejo as imagens de Maria Madalena, São João Evangelista e Nossa Senhora. “Há 10 anos participo da procissão. Venho agradecer porque Jesus deu sua vida por nós. Aproveito para pedir saúde e proteção para minha família”, afirmou Zuleide Lopes, 53 anos, ao lado da irmã Zélia Lopes, 65.