Passar algumas horas no Recife num sábado à tarde ensolarado, almoçar uma comida regional e ver en passant a cidade era o plano da violonista servo-americana Vera Stefanovic, de 31 anos, e da cantora lírica brasileira Thayana Roverso. No entanto, um assaltou alterou o plano de ambas que desembarcaram ontem no começo da tarde do navio FC Poesia no Terminal Marítimo de Passageiros no Bairro do Recife. As duas iriam encontrar a jornalista Taciana Góes, prima de Thayana, que pediu para elas ficarem na calçada do terminal.
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“Depois que chegamos à calçada, em menos de cinco minutos, apareceram dois meninos. Um deles com uma faca, puxou a bolsa dela (de Vera). Ela resistiu, puxou a bolsa, caiu e aí foi esfaqueada na cabeça”, conta a cantora. Segundo ela, a polícia demorou 40 minutos para chegar ao local e a ambulância do Samu, 30 minutos. “Como querem mostrar o lado bom do Brasil, se chega um navio com três mil turistas sem nenhum policiamento. É revoltante”, disse. Os ladrões levaram a bolsa da violonista.
A cantora afirmou que a violonista foi examinada por um médico e levará alguns pontos na cabeça. A violonista ficou toda ensanguentada, embarcou no navio depois do incidente e não quis mais sair de lá. O navio vinha de Buenos Aires e parou no Rio de Janeiro antes do Recife.
Thayana Roverso, amiga da violinista servo-americana Vera Stefanovic, que foi esfaqueada em tentativa de assalto no terminal de passageiros do Porto do Recife, está revoltada com a falta de segurança na cidade. #aperteoplay e confira o depoimento dela.Imagens: Alexandre Gondim/JC Imagem
Publicado por Jornal do Commercio em Sábado, 2 de abril de 2016
“A previsão era de que quatro Policiais Militares estivessem na frente do terminal durante a tarde de ontem. Na hora do incidente, provavelmente estavam em atendimento a outros turistas”, disse o presidente do Porto do Recife, Olavo de Andrade Lima. A Secretaria de Defesa Social (SDS) divulgou uma nota dizendo que ao tomar conhecimento do caso iniciou os trabalhos de investigação no sentido de localizar e prender os acusados do crime. A turista não prestou queixa do crime.