Investigação

Adolescentes desaparecidas dizem ter sido sequestradas e dopadas

DPCA abriu inquérito e vai pedir exame toxicológico e sexológico

Do JC Online
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Publicado em 04/04/2016 às 21:28
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DPCA abriu inquérito e vai pedir exame toxicológico e sexológico - FOTO: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Após 24 horas de tensão, as adolescentes de 13 e 14 anos que haviam desaparecido no domingo, no Cordeiro, Zona Oeste do Recife, voltaram para suas famílias, nesta segunda. Mas o caso ainda não está totalmente esclarecido. De acordo com a polícia, as garotas – que terão os nomes preservados por serem menor de idade – relataram terem sido sequestradas e dopadas por três homens, em frente ao condomínio Morada Recife Antigo, no Cordeiro, Zona Oeste, onde elas haviam sido deixadas pelo pai da mais nova, no início da tarde de domingo. Elas tinham dito aos pais que iriam estudar na casa de outra amiga, que, segundo a polícia, negou ter marcado tal encontro.

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    Antes do depoimento das meninas, o delegado Ademir de Oliveira, do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), onde o desaparecimento foi registrado, havia afirmado que todos os indícios levavam a crer ter se tratado de uma fuga. Mas, ao depor, elas relataram a existência de crime, o que vai gerar abertura de inquérito. Segundo o delegado, elas alegaram ter sido sequestradas, levadas para a zona rural, dopadas e deixadas próximo ao Terminal da Macaxeira, pela manhã. De lá, teriam tomado um ônibus para o parque da Jaqueira. Por meio de uma grande mobilização pelas redes sociais, os pais receberam fotos delas nos dois locais.

    À tarde, elas chegaram à Delegacia do Espinheiro, de táxi. A titular do local, delegada Silvana Carla, contou que elas não se identificaram, apenas pediram a um agente para usar o banheiro e beber água. "O policial desconfiou que seriam as garotas desaparecidas e foi me avisar. Como eu já tinha visto as fotos delas nas redes sociais, reconheci as duas. Perguntei se elas eram as meninas das fotos e elas confirmaram", relata.

    Ainda na Delegacia do Espinheiro, o pai da mais nova disse à imprensa que elas teriam dormido na casa de uma outra amiga (não soube precisar qual), e que passaram boa parte do tempo andando de ônibus pelo Recife. "Como não conhecem bem a cidade, elas se perderam. Pela manhã, no Parque da Jaqueira, pediram ajuda a uma pessoa, que disse para elas irem à Delegacia do Espinheiro. Elas tinham algum dinheiro, pegaram um táxi e vieram", contou.


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