Doença de Chagas

Associação ligada ao Procape promove ato no Dia Mundial de Combate à Doença de Chagas

Associação Pernambucana dos Pacientes com Doenças de Chagas quer sensibilizar a população sobre o mal de chagas, uma doença, que apesar de antiga, é endêmica em Pernambuco

Do JC Online
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Publicado em 14/04/2016 às 7:00
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Associação Pernambucana dos Pacientes com Doenças de Chagas quer sensibilizar a população sobre o mal de chagas, uma doença, que apesar de antiga, é endêmica em Pernambuco - FOTO: Foto: André Nery/ JC Imagem
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No Dia Mundial de Combate à Enfermidade de Chagas, a Associação Pernambucana dos Pacientes com Doenças de Chagas realiza hoje, às 9h, o IV Encontro da Praça, ato que tem como objetivo divulgar e sensibilizar a população sobre a doença que é endêmica no Estado. O evento acontece no Espaço Carlos Chagas, praça que fica em frente ao Hospital Procape, no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife. O momento serve também para convocar voluntários e profissionais a fazer parte da equipe que atende, diariamente, cerca de 80 pacientes.

A associação foi criada em 1987, pela equipe médica do Ambulatório de Doença de Chagas do Hospital Oswaldo Cruz (Huoc). Desde 2010, funciona no mesmo imóvel que abriga o ambulatório anexo do Procape, promovendo campanhas e eventos como o de hoje, com o intuito de melhorar a situação do enfermo de chagas.

“A ideia do evento é dar mais visibilidade, uma vez que é uma doença negligenciada, que atinge basicamente a população pobre”, esclarece o cardiologista Wilson Oliveira Junior, coordenador do Ambulatório de Doenças de Chagas e presidente de honra da Associação. Durante o dia, funcionários e voluntários distribuirão panfletos e informativos. Pela manhã, um café da manhã será oferecido aos pacientes em atendimento no ambulatório. Segundos a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 8 milhões de pessoas no mundo sofrem da doença de chagas, a maior parte delas na América Latina. 

Segundo o médico, é importante que mais pessoas se mobilizem em torno da causa. “Nosso maior déficit, hoje, é de recursos humanos”, pontua. Hoje, são 23 funcionários para atender os mais de 2 mil matriculados. É preciso aumentar os quadros de fisioterapeutas, farmacêuticos, cardiologistas, assistentes sociais, nutricionistas e psicólogo. O voluntariado é formado basicamente por pacientes do ambulatório, os chamados “pacientes espertos”. Eles ambientam e tranquilizam os que chegam. José Pedro da Silva, 76 anos, é um deles. “A doença é fruto da desinformação, então ajudo, pois é dando que se recebe. A associação é a nossa sustentação”, conta orgulhoso.

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