Com a ajuda de alunos da rede municipal de São Lourenço da Mata, no Grande Recife, um trecho de 13,5 hectares na margem direita do Rio Capibaribe terá a mata ciliar reconstruída. Cerca de 22,5 mil mudas de árvores nativas serão plantadas ao longo do curso d´água, como forma de evitar a erosão e o assoreamento.
Na manhã de ontem, 38 alunos do 5º ano do ensino fundamental da Escola Senador José Ermírio de Moraes plantaram mudas de espécies como jenipapo, jatobá, visgueiro, ipê-roxo, caju e paineira. Eles também fizeram um juramento, no qual se comprometeram a zelar pelas plantas.
A reconstituição da mata ciliar do Capibaribe no trecho de São Lourenço – mais precisamente no encontro com o Rio Tapacurá, às margens da BR-408 – está sendo tocada pela Fundação Nacional do Pau-Brasil. A entidade foi uma das cinco vencedoras do edital de R$ 2 milhões da Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), divulgado em 2015 e que prevê a recuperação de bacias hidrográficas no Estado. O projeto terá duração de três anos e um custo de R$ 199 mil.
Segundo a coordenadora da fundação, Ana Cristina Roldão, serão cinco meses destinados ao plantio e dois anos e meio para cuidados gerais, como combate a pragas, poda e irrigação na época da estiagem. “A ideia de envolver as crianças é justamente para fazê-las crescer junto com as plantas e entenderem a necessidade de preservação do meio ambiente, principalmente junto ao elemento água, que já enfrenta grande escassez”.
A pesquisadora explica que, além de evitar erosão e assoreamento, a mata ciliar pode ser útil em caso de enchentes. “Ela funciona como uma proteção, retendo entulhos que as cheias carregariam para as cidades, caso não houvesse nenhuma vegetação”.