DENÚNCIA

Universitários suspeitam de contaminação de água da Poli-UPE após chuva

Estudantes apresentaram sintomas como febre, diarreia e dores no corpo. Alguns, inclusive, deram entrada no hospital

Da editoria de Cidades
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Publicado em 14/05/2016 às 21:56
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Estudantes apresentaram sintomas como febre, diarreia e dores no corpo. Alguns, inclusive, deram entrada no hospital - FOTO: Foto: Divulgação
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Estudantes da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco (Poli/UPE) suspeitam que a água da instituição esteja contaminada. Os relatos são de universitários que passaram mal e apresentaram sintomas como febre, dores no corpo e diarreia. Alguns deles, inclusive, deram entrada no hospital nos últimos dias. A desconfiança é que a água possa ter sido contaminada durante as chuvas da última segunda-feira, quando a unidade ficou alagada e as aulas foram suspensas.

Como ainda não há análise para comprovar o fato, placas foram colocadas nos bebedouros alertando sobre o possível risco. O Diretório Acadêmico (DA) já acionou a direção da unidade e as amostras devem ser colhidas amanhã.

Estudante de engenharia civil, Gabriel Feitosa, 19 anos, disse que a suspeita principal é da água dos bebedouros, porque pelo menos cem alunos apresentaram sinais semelhantes no mesmo intervalo de tempo (entre quarta e sexta-feira).

Já a universitária Fabiane Andrade foi parar no hospital em função do quadro.Em conversa com a reportagem, ela disse que o diagnóstico foi de infecção. "Os sintomas foram o seguinte: dor forte no estômago, febre, diarréia e fome. Foi diagnosticado uma infecção. Estou no soro porque não consigo comer nada", contou.

Presidente do DA das Engenharias, Lucas Albuquerque, afirmou que também sentiu-se mal na última sexta e alertou a direção da unidade assim que viu a quantidade de casos. “Na sexta, liguei para o diretor, expliquei a situação e recomendei a interdição de todos os bebedouros para análise”, disse o universitário.

Ele conta que o pleito por novos equipamentos é antigo, mas que a escassez orçamentária da instituição dificulta a compra.

Sobre a relação entre a chuva e a contaminação, ele contou que na segunda não houve aula e na terça a frequência foi baixa. “Os casos começaram na quarta, na quinta e na sexta, justamente depois das chuvas”.

Para investigar se há mesmo contaminação, serão feitas análises da água do poço, da caixa d’água e da tubulação que liga ao bebedouro. “Na segunda, faremos todos os testes. O diretor, inclusive, já indicou uma professora para analisar”, contou. O DA também fará análises em paralelo para atestar a qualidade da água.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da UPE para saber se havia alguma notificação, mas não houve resposta.

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