Marcha das Vadias toma conta da Avenida Conde da Boa Vista

Manifestantes da Marcha das Vadias lembram do estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro
JC Online
Publicado em 28/05/2016 às 16:28
Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem


Com palavras de ordem, música e cartazes, os participantes da Marcha das Vadias paralisaram a Avenida Conde da Boa Vista na tarde deste sábado (28/05) na 6ª edição do evento. Um público colorido, jovem e alegre cantou várias vezes: “É pela vida das mulheres. Legalize, o corpo é nosso”; “Se a mulherada se unir, o machismo vai cair”; “Não te devo nada. Faço o que quiser, não mereço ser estuprada”. Pelo menos duas vezes, algumas participantes se deitaram no chão e repetiram a frase: “quando eu acordei, tinham 30 homens em cima de mim", lembrando estupro coletivo acontecido no Rio de Janeiro  contra uma jovem de 16 anos. 

Essa barbárie foi lembrada várias vezes durante a passeata com os manifestantes contando de um até 30. Cerca de duas mil pessoas participaram da Marcha das Vadias que fez uma concentração na Praça do Derby, passou por toda a Avenida Conde da Boa Vista e acabou na Pracinha do Diário de Pernambuco.

 

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Participantes da Marcha das Vadias usam cartazes para lembrar os preconceitos contra a mulher - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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As manifestantes passaram por toda a Conde da Boa Vista numa passeata que começou no Derby - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Na tarde ensolarada deste sábado, cerca de duas mil pessoas participaram da Marcha das Vadias - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Manifestantes também protestaram contra a política - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Mulheres pintadas na Marcha das Vadias - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Ao som das alfaias, os manifestantes disseram várias palavras de ordem - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Manifestantes erguem cartazes na Conde da Boa Vista - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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"Se a mulherada unir, o machismo vai cair" - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Algumas manifestantes fizeram top less - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Muitas participantes pintaram seus corpos - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Usuários do Shopping olham a passeata, enquanto os olhos de um homem estão tapados pelo concreto - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Manifestantes dizem: "Quando acordei tinham 30 homens em cima de mim", lembrando o estupro do Rio - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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"Vem pra rua contra o machismo", disseram os manifestantes - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Manifestantes da Marcha das Vadias na Conde da Boa Vista - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Outra palavra de ordem: "Não lhe devo nada, não mereço ser estuprada". - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Manifestante se emociona durante a Marcha das Vadias - Ricardo B. Labastier/JC Imagem

 

A Marcha das Vadias é realizada por vários coletivos femininos, inclusive alguns formados por estudantes da Faculdade de Direito do Recife, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). “Propomos a luta pela mulher e o combate à cultura machista, que é secular. A mulher está muito vulnerável na sociedade: não pode sair com roupa curta, não pode andar sozinha à noite. Queremos mostrar as pessoas que tudo isso prejudica não só a mulher, mas a sociedade”, conta uma das organizadoras do evento, a musicista Luíza Lucena 

O evento reuniu cerca de 2 mil pessoas, segundo o guarda da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Júlio Bezerra. 

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estupro estupro coletivo MACHISMO Marcha das Vadias feminismo
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