A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC) conseguiu junto à Vara de Família e Registro Público do Recife retificar a certidão de óbito do geólogo Ezequias Bezerra da Rocha. A morte do homem, que antes era associada a um tiroteio entre membros do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), no dia 12 de março de 1972, na Várzea, Zona Oeste; agora, foi esclarecida como resultado de processos de tortura praticados por agentes do Estado.
O caso de Ezequias é um dos 51 que compõem a lista preliminar de mortos e desaparecidos políticos pernambucanos e que são alvo de análise da CEMVDHC. O Estado reconheceu a responsabilidade civil no caso, prestando apoio financeiro aos familiares do geólogo.
O laudo tanatoscópico e a cópia do ofício de remoção do cadáver de Ezequias Bezerra da Rocha foram encontrados no acervo do Instituto de Medicina Legal (IML). O laudo comprova que Ezequias foi submetido a torturas e não resistiu.