Segurança pública

Delegados decidem não fazer mais plantões adicionais e cerca de 90 delegacias podem fechar as portas no Estado

De acordo com a Adeppe, PJES estariam prejudicando as investigações policiais

JC Online
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Publicado em 01/09/2016 às 19:32
Foto: Adeppe/ Divulgação
De acordo com a Adeppe, PJES estariam prejudicando as investigações policiais - FOTO: Foto: Adeppe/ Divulgação
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A Associação de Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) informou, nesta quinta-feira (1º), que cerca de 200 delegados do Estado não trabalharão mais no Programa de Jornada Extra da Segurança (PJES), uma espécie de plantão adicional. Como consequência, segundo a entidade, aproximadamente 90 delegacias do Estado serão fechadas, da Zona da Mata ao Sertão.

“O PJES nada mais é que um programa de pagamento de horas extras que não remunera corretamente os servidores”, cravou Francisco Rodrigues, presidente da Adeppe. Rodrigues disse ainda que o modo como o programa funciona prejudica as investigações policiais. “Estamos trabalhando basicamente em flagrantes, não estamos investigando. Assaltos a ônibus, a carros-forte, não estão sendo devidamente investigados”, completou.

Com a entrega dos PJES pelos delegados, 23 delegacias da Zona da Mata pernambucana devem fechar as portas (nas regiões de Goiana, Palmares e Vitória de Santo Antão), além de 14 no Agreste (na área de Garanhuns) e cerca de 50 em todo o Sertão, diz a Adeppe.

A associação também lançou, hoje, uma campanha publicitária para denunciar os números da violência em Pernambuco. As “Olimpíadas do Medo” cobram providências do governo em relação aos mais de 2,6 mil homicídios cometidos no Estado de janeiro a julho deste ano.

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