DIA DAS BRUXAS

Halloween recifense: do Papa-Figo à Perna Cabeluda

Tão assustadora quanto a festa americana, a cidade esconde fantasmas, assombrações e lendas urbanas que resistem ao tempo

JC Online
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Publicado em 31/10/2016 às 10:19
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Tão assustadora quanto a festa americana, a cidade esconde fantasmas, assombrações e lendas urbanas que resistem ao tempo - FOTO: Foto: JC Imagem
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De origem anglo-saxônica, o Halloween (ou Dia das Bruxas em bom português brasileiro) é celebrado no dia 31 de outubro desde meados do século 18. A data foi trazida pelos celtas para os Estados Unidos, onde se tornou bastante popular e ganhou o mundo, sendo sempre relacionada a bruxas e figuras assustadoras. No Brasil, não se tem muito o costume de se comemorar a data, mas aqui no Recife temos histórias assombrosas de deixar qualquer um de cabelo em pé.

A tradição americana é repleta de crianças fantasiadas pela cidade pedindo doces ou fazendo travessura, isso os recifenses fazem no carnaval. Mas, com mais de 470 anos de história, a cidade esconde fantasmas, assombrações e lendas urbanas que resistem ao tempo e fazem parte do cotidiano de várias gerações. Confira algumas:

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Foto: Ilustração Ronaldo Tozzi / Behance

Papa-figo

Que mãe nunca alertou o filho para ter cuidado com o famigerado Papa-Figo, que saia pela cidade com um saco preto e roubando crianças. Diz a lenda que, ainda nos tempos de engenho, um homem muito rico estava ficando doente. De aparência magra, pálida e amarelada, ele foi atrás da sabedoria dos escravos, que o indicaram comer fígado de crianças para resolver seu problema de saúde. Desde então, um dos escravos do homem (o famoso ‘’Velho do Saco Preto’’) vaga pela cidade procurando meninos saudáveis para arrancar o fígado e manter a dieta macabra do Papa-Figo.

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Foto: Bobby Fabisak / JC Imagem

O fantasma de Branca Dias

Localizado no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte do Recife, o Açude do Prata serviu por muitos anos como manancial para abastecer a capital pernambucana. Nos arredores, há um casarão onde morou a judia Branca Dias, que foi perseguida e morta pela inquisição católica. Antes de morrer, porém, a mulher jogou toda sua prataria no riacho (o que deu origem ao atual nome do local). As histórias sobre o açude há muito tempo falam de um lugar assombrado e até hoje há quem diga que às vezes, em noite de lua, é possível ver duas moças nuas no meio das águas da Prata. Dizem que uma é Branca Dias e, a outra, uma sinhazinha que se sumiu no riacho noite de São João, levada pelo fantasma.

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Foto: Reprodução / Google Maps

A Praça Chora Menino

Próxima ao Colégio Salesiano, no bairro do Paissandu, a Praça Chora Menino é possivelmente um dos locais mais assombrados do Recife. Durante o século 19, uma revolta militar, conhecida como Setembrizada, provocou a morte de vários recifenses. Dentre eles, muitas crianças foram assassinadas pelos militares e muitos desses pequenos foram enterrados no local onde hoje está a praça. Desde então, dizem que quem passa pela praça tarde da noite pode ouvir choro de criança. Contam que é um pranto fantasmagórico sem semelhança com sons emitidos por quem está vivo.

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Ilustração: Site www.orecifeassombrado.com

Perna Cabeluda

A criatura bizarra que ninguém explica bem como é, gosta de se esconder atrás de árvores durante a madrugada, sempre à espera de uma nova vítima, que anda sozinho pelas ruas do centro da cidade. A perna pega os transeuntes, dá uma rasteira e depois diversos chutes. Não tem como fugir, pois o membro corre rápido demais. O massacre termina com a vítima quase desmaiada e estirada no meio-fio. No Recife, a lenda que circula pelas ruas é que não tem como descrever o primeiro encontro com a perna macabra.

E você, acredita ou até mesmo já avistou uma dessas lendas? 

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