O Cemitério Parque das Flores, no Sancho, Zona Oeste do Recife, está de novo visual. Numa obra iniciada em outubro de 2016 e prevista para terminar segunda-feira próxima (30/01), a necrópole teve os jardins recuperados, ganhou uma fonte d’água no lago e passou a oferecer oito espaços para velórios, dois a mais do que havia.
“Fizemos uma série de intervenções para levar mais conforto às famílias que acompanham o velório e o enterro de parentes”, declara o diretor administrativo da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), Adriano Freitas. Construído numa área de 125 mil metros quadrados, o Parque das Flores recebe, em média, 4.500 visitantes por mês.
A praça na entrada principal do cemitério, com projeto paisagístico de Roberto Burle Marx (1909-1994), ficou mais verde depois da recuperação da grama e do plantio de mudas de árvores e de palmeiras, diz Adriano Freitas. “Trocamos o piso de pedra do passeio da praça por blocos intertravados de concreto, é melhor para o pedestre e a manutenção é mais fácil.”
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De acordo com Adriano Freitas, os velórios, localizados defronte da praça, foram ampliados. Até então, o cemitério oferecia seis salas, sendo quatro grandes e duas pequenas. Com a reforma, o Parque das Flores fica com sete velórios grandes, todos com nova coberta, e mais outro espaço com a mesma finalidade nas dependências da capela ecumênica. “Agora temos velório na igreja do Parque das Flores e do Cemitério de Santo Amaro (área central da cidade)”, diz ele.
Referência na arquitetura moderna do Recife, a capela projetada em 1974 – aquele prédio em forma de pirâmide dentro do lago – foi climatizada e recuperada. Logo atrás do imóvel, a Emlurb instalou a fonte d’água. O Cemitério Parque das Flores é administrado pelo município desde 1977. “Uma obra desse porte não era realizada no local há pelo menos 20 anos”, afirma Adriano Freitas.
INFRAESTRUTURA
O serviço também contemplou a colocação de bancos na praça, ornamentação dos jardins dos velórios, substituição da madeira e das telhas da sala da administração da necrópole, reforma dos banheiros, melhoria da iluminação, pintura e implantação de rampas de acessibilidade, enumera. “Primeiro, recuperamos a estrutura para melhorar as condições de trabalho dos funcionários.”
A obra custou R$ 650 mil, com recursos da Emlurb. “Falta apenas finalizar a instalação das luminárias dos banheiros para encerrar o trabalho”, diz Adriano Freitas.
No Parque das Flores estão enterrados dois pernambucanos que foram presos e torturados durante o regime militar no Brasil (1964-1984): Gregório Bezerra (1900-1983) e Luiz José da Cunha (1931-1971).