Assalto à Brinks

Associação diz que é preciso impedir entrada de armas pesadas no País

Entidade também pede maior fiscalização sobre venda de explosivos

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Publicado em 21/02/2017 às 20:24
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Entidade também pede maior fiscalização sobre venda de explosivos - FOTO: Bobby Fabisak/JC Imagem
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O ataque de assaltantes de banco à empresa de transporte e segurança de valores Brinks, na madrugada desta terça, foi lamentado pela Associação Brasileira das Empresas de Transporte de Valores (ABTV), que destacou a incapacidade de suas sócias se defenderem de quadrilhas tão equipadas. Conforme a associação, além dos explosivos, as armas ponto 50 são “de poder maior do que qualquer blindagem permitida no País e de calibre superior ao usado pelas polícias e empresas de segurança privada e de transporte de valores”.

Diz a nota que só o trabalho integrado de inteligência envolvendo as várias polícias e Ministério da Justiça vai acabar com os ataques. “A atuação de inteligência deve ser antes dos assaltos, evitando que fuzis de calibre ponto 50 entrem no País, com a devida fiscalização das fronteiras, e impedindo que explosivos sejam vendidos sem fiscalização”. E afirma: “As bases das empresas no Brasil passam por rígida fiscalização da Polícia Federal e têm tecnologia e procedimentos do mais alto nível comparado aos outros países. Porém, ainda assim não é totalmente possível impedir ataques estruturados deste tipo”, por conta das armas pesadas que usam.

A assessoria da Brinks -  presente em mais de cem países e em cerca de dois mil municípios brasileiros - diz que está colaborando com as investigações e não confirma o montante roubado, pois ainda estaria contabilizando.

JUSTIÇA

Desde 2015, a Brinks vem desenvolvendo suas atividades no Recife por força de decisão judicial. Operação realizada pela Polícia Federal naquele ano, denominada Grande Truque, apreendeu R$ 85 milhões na empresa (em várias moedas), deteve um de seus gerentes (liberado sob fiança) e suspendeu suas atividades, sob acusação de caixa dois, instituição financeira clandestina e lavagem de dinheiro, crimes que têm pena de quatro a dez anos de reclusão. Conforme a assessoria da PF, a justiça suspendeu os dois processos instruídos pelo órgão.

Já a Justiça Federal afirma que há processo em tramitação na 13ª vara envolvendo a empresa desde 2010.

 

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