Está marcado para as 14h desta quinta-feira (22), no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o último julgamento das indenizações relativas aos moradores do edifício Eldorado, no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife.
Cerca de 23 milhões de reais devem ser pagos às 224 famílias desabrigadas após um dos blocos rachar de cima a baixo, causando interdição nos outros 13 blocos residenciais tipo edifício caixão, no dia 24 de maio de 2013. Este é o último julgamento do caso em esfera estadual, pois não cabe mais recurso. De acordo com os advogados que defendem as famílias, a SulAmérica Seguradora deve pagar as indenizações, pois na época da compra do imóvel, foi ela que afirmou que os prédios tinham condições de habitação.
História
A construção do condomínio foi finalizada em 1996. Por ter um preço acessível, o Conjunto Eldorado foi a primeira moradia própria de muitos. No dia 30 de maio de 2013, uma semana após o ocorrido, a gerência de risco tecnológico da Secretaria Executiva de Defesa Civil (Sedec) afirmou que a utilização de material de baixa qualidade na construção do residencial foi o motivo do colapso de um dos blocos.
Ainda segundo a Sedec, um laudo divulgado em 2007 afirmava que os blocos de alvenaria na base dos prédios não tinham resistência suficiente e precisavam passar por uma reforma. Os moradores afirmam não ter recebido nenhuma notificação do risco que corriam.
Leia Também
- Codecir vistoria blocos do Residencial Eldorado que ainda estão ocupados
- Defesa Civil interdita os 14 blocos do Conjunto Residencial Eldorado
- Famílias retiradas do Conjunto Eldorado sem local para ficar
- Moradores do Residencial Eldorado serão orientados pela OAB-PE
- OAB apoia criação de associação do Residencial Eldorado
- Moradores do Eldorado têm até este domingo para retirar móveis
- Caso do Residencial Eldorado ainda sem solução
- Indenizações a moradores do Eldorado serão julgadas