Jardins

Aplicativo gratuito divulga jardins de Burle Marx no Recife

A ferramenta será lançada terça-feira (08/08) no Centro de Artes e Comunicação da UFPE e faz parte da programação da Semana Burle Marx 2017

Da Editoria Cidades
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Publicado em 05/08/2017 às 17:17
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A ferramenta será lançada terça-feira (08/08) no Centro de Artes e Comunicação da UFPE e faz parte da programação da Semana Burle Marx 2017 - FOTO: Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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O paisagista brasileiro Roberto Burle Marx (1909-1994) deixou projetos de parques e jardins em Paris, Berlim, Caracas, Kuala Lumpur, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Minas Gerais, entre outros lugares do Brasil e do mundo. Mas não é preciso ir tão longe para passear numa praça de Burle Marx, um dos mais importantes paisagistas do século 20. Aqui no Recife há jardins que ele criou ou reformou. Você poderá conhecer a história de 12 deles baixando um aplicativo que será lançado na próxima terça-feira, 8 de agosto.

Disponível para smartphone e tablet, nos sistemas Android e iOS, o aplicativo é gratuito e focado na educação patrimonial. A proposta é divulgar a obra de Burle Marx na cidade, com fotos e textos sobre a história, o traçado, o mobiliário e a vegetação das praças. Além, é claro, de informações sobre o paisagista paulistano (filho de mãe pernambucana e pai alemão), que dirigiu o setor de Parques e Jardins da Diretoria de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco, de 1934 a 1937.

“Essa é uma atualização do aplicativo Patrimônio PE Mobile, que teve sua primeira versão apresentada dois anos atrás com 12 prédios históricos do Recife e de Olinda”, informa o produtor cultural Sandro Lins, coordenador do projeto. O lançamento da edição dedicada ao famoso paisagista será às 10h no Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e faz parte da programação da Semana Burle Marx 2017, iniciativa da Prefeitura do Recife em homenagem ao aniversário de nascimento do artista (4 de agosto).

Foram selecionadas para o aplicativo as Praças de Casa Forte, Faria Neves (Dois Irmãos), Ministro Salgado Filho (aeroporto), Euclides da Cunha (Madalena), do Derby, da República (incluindo o Jardim do Campo das Princesas), Arthur Oscar (Arsenal), Chora Menino (Paissandu), Dezessete (Rua do Imperador), Maciel Pinheiro (Boa Vista), Pinto Dâmaso (Várzea) e o jardim da capela do Parque da Jaqueira.

PASSEIOS

O aplicativo, afirma Sandro Lins, é um aperitivo para as pessoas se sentirem estimuladas a visitar as praças. “Incluímos uma unidade georreferenciada que traça as rotas até os jardins”, destaca. São passeios que valem a pena. A Praça de Casa Forte, de 1935, é o primeiro projeto de jardim público de Burle Marx. Mas em algumas delas a proposta do artista está descaracterizada, observa a arquiteta Ana Rita Sá Carneiro, coordenadora do Laboratório da Paisagem da UFPE.

A Praça Chora Menino, diz Ana Rita, mantém uma das plantas indicadas por Burle Marx, o filodendro. Na Praça Maciel Pinheiro, o paisagista sugeriu pés de palmeiras (que não existem mais) e canteiros floridos e coloridos. Para a Praça Dezessete, ele projetou um jardim que se prolongava até o Cais da Avenida Martins de Barros. “Essas praças já existiam e ele sugeriu reformas”, explica.

O Laboratório da Paisagem, que elaborou o inventário da obra de Burle Marx no Recife, forneceu as informações sobre as praças para o aplicativo.

De acordo com Ana Rita, o projeto do jardim da capela do Parque da Jaqueira não chegou a ser executado. “Botaram apenas o banco de concreto em forma de serpentina. Ele sugeriu o plantio de palmeira-macaíba, mangueira, sapotizeiro, coqueiro, jaqueira e azeitoneira”, afirma. O aplicativo, com conteúdo em português, inglês, francês e espanhol, além de áudio, é financiado pelo Funcultura, o fundo de cultura do Estado.

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