Patrimônio

Porto Digital é finalista de prêmio nacional promovido pelo Iphan

O resultado do concurso será divulgado dia 22 de agosto em Brasília e o Porto Digital concorre com outras 11 iniciativas

Da Editoria Cidades
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Publicado em 19/08/2017 às 8:08
Foto: Leo Motta/JC Imagem
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O Porto Digital é um dos finalistas da 30ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Parque tecnológico instalado no Recife, ele concorre com as ações de recuperação de prédios antigos que vem desenvolvendo desde 2001. Nos últimos 16 anos, o Porto Digital restaurou oito imóveis no Centro da cidade – sete no Bairro do Recife e um em Santo Amaro – e no momento está com cinco projetos em andamento.

“Estamos concorrendo numa categoria nova do prêmio, que reconhece iniciativas de gestão compartilhada do patrimônio cultural. O trabalho de restauração das edificações envolve nosso esforço de governança, a prefeitura e o governo do Estado”, afirma Leonardo Guimarães, diretor executivo do Porto Digital. O parque tecnológico disputa o prêmio Rodrigo Melo Franco com outras 11 iniciativas do gênero e o resultado final será anunciado em Brasília, no início da próxima semana.

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O último prédio restaurado pelo Porto Digital no Bairro do Recife fica na Rua do Apolo, nº 235 - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Sede da Secretaria de Ciência e Tecnologia, no Bairro do Recife, foi restaurada pelo Porto Digital - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do governo do Estado ocupa um prédio do século 19 - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Prédio quase em ruínas na Rua moeda será recuperado pelo Porto Digital para ser um hotel de empresas - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Prédio da Rua da Moeda é de propriedade do Estado e foi cedido para usufruto pelo Porto Digital - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Construção do século 19, prédio restaurado para abrigar o C.E.S.A.R. era um galpão de armazenamento - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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O Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.) fica na Rua Bione - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Até 2016, foram investidos R$ 2.248.000,00 no C.E.S.A.R., de acordo com o Porto Digital - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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O antigo prédio do Bandepe, construído em 1971, faz parte do parque tecnológico do Bairro do Recife - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Projetado por Acácio Gil Borsói, a antiga sede do Bandepe é o prédio moderno do Porto Digital - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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O Edifício Vasco Rodrigues (Bandepe), pertencente ao Governo do Estado e foi cedido ao Porto Digital - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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O Portomídia funciona na Rua do Apolo, em três imóveis conjugados e restaurados com verba do Estado - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Os investimentos no Portomídia até 2016 representam R$ 5.494.952,97, segundo o Porto Digital - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Prédio na equina das Ruas do Apolo e do Observatório abriga laboratórios de apoio ao Portomídia - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Localizado na Rua Domingos José Martins, o atual prédio do Softex era uma gráfica no passado - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Mais de 49 empresas estão instaladas no Empresarial ITBC, sede do Softex no Bairro do Recife - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Prédio na Rua Capitão Lima (Santo Amaro) era sede da Jump Brasil, transferida para a Rua Apolo, 235 - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Imóvel na Rua Capitão Lima foi reformado numa gestão compartilhada com o Instituto Talento Brasil - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Porto Digital recuperou mais de 50 mil metros quadrados de imóveis históricos no Recife - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Parque tecnológico do Recife, Porto Digital é finalista do prêmio Rodrigo Melo Franco, do Iphan - Foto: Leo Motta/JC Imagem

 

O primeiro prédio restaurado pelo Porto Digital fica na Rua Bione, no Bairro do Recife, e abriga a sede do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.). Construído no século 19 para funcionar como galpão de armazenamento, o imóvel foi comprado pelo Núcleo Gestor do Porto Digital em 2001. Nesse mesmo ano, o parque tecnológico adquiriu mais três imóveis do século 19 no Recife Antigo, sendo dois na Rua do Apolo (175 e 181) e outro no Cais do Apolo (212), reformados para acolher o Portomídia.

Ainda no Bairro do Recife, o Porto recuperou um prédio de propriedade do governo do Estado para receber a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Rua Vital de Oliveira) e um edifício da Prefeitura do Recife, para implantar o Softex (Rua Domingos José Martins). Em Santo Amaro, o imóvel de número 420 da Rua Capitão Lima voltou a fazer parte da vida da cidade como Jump Brasil e agora é o endereço do escritório administrativo e atendimento do aplicativo Uber.

No último prédio restaurado e reaberto pelo Porto Digital (Rua do Apolo, 235), com patrocínio do BNDES, funcionam laboratórios de apoio ao Portomídia (salas de treinamento, auditório, galeria de artes digitais), o Laboratório de Objetos Urbanos Conectados (L.O.U.Co) e a Jump Brasil (aceleradora e incubadora de empresas). Era uma casa em ruínas, do século 19, originalmente usada como residência e comércio.

Um dos projetos em andamento prevê a reocupação do número 50 da Rua da Moeda com um hotel de empresas. “É um espaço para empresas de menor porte, recém-saídas da aceleradora ou da incubadora, com salas de 40 a 50 metros quadrados. Falta isso no Bairro do Recife”, diz Leonardo Guimarães. O edifício em ruínas ocupa uma quadra.

“Todos estão sob a nossa gestão, mas alguns são alugados a empresas. Temos prédios de propriedade do Núcleo Gestor do Porto Digital, edificações do Estado cedidas ao Porto e imóveis do governo com uso vinculado ao parque tecnológico”, detalha Leonardo Guimarães. Criado no ano 2000, o Porto Digital restaurou mais de 50 mil metros quadrados de imóveis históricos na área do parque.

CATEGORIAS

A superintendente do Iphan-PE, Renata Borba, informa que Pernambuco está representado em três categorias, das quatro modalidades existentes no prêmio. Além do Porto Digital, concorrem o Paço do Frevo (projetos que ajudam a comunicar, interpretar, divulgar, difundir e educar para o patrimônio cultural) e o projeto Redes de Mestres e Brinquedos (estudo, pesquisa, documentação e identificação para salvaguarda do patrimônio imaterial), para preservação do teatro de bonecos.

Dos 296 projetos inscritos em todo o País, 68 serão analisados pela Comissão Nacional de Avaliação segunda (21/08) e terça-feira (22/08). Os oito vencedores (dois por categoria) receberão R$ 30 mil, cada. “Pernambuco concorre com iniciativas de instituições, de pessoas e de associações que compartilham com ma missão do Iphan, de resgatar o patrimônio cultural brasileiro”, declara Renata Borba.

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