Contestação

Nannai Residence nega construção de muro de concreto em Muro Alto

Ministério Público Federal investiga a regularidade do muro, que restringe acesso à praia

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Publicado em 16/09/2017 às 12:00
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Ministério Público Federal investiga a regularidade do muro, que restringe acesso à praia - FOTO: Felipe Ribeiro/JC Imagem
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O muro de concreto que restringe a circulação de banhistas na Praia de Muro Alto, em Ipojuca, no Grande Recife, não foi construído pelo Nannai Residence, segundo o síndico do condomínio, Francisco Cavalcanti. A denúncia, feita por frequentadores da praia e publicada no JC deste sábado, vem sendo apurada pelo Ministério Público Federal (MPF), que informou já ter ofício pronto para encaminhar ao condomínio pedindo esclarecimentos.

“O Nannai Residence foi construído há 13 anos e desde então tem a proteção natural de dunas e restingas. Nunca fizemos nenhuma modificação de nossa estrutura. O muro de concreto que existe é de um condomínio vizinho, que fica mais exposto à ação do mar, ele foi construído há cerca de um ano”, informa o síndico.

Francisco afirma que, recentemente, prestou esclarecimento à Secretaria de Meio Ambiente de Ipojuca por conta do vídeo que uma turista gravou (e vem circulando nas redes sociais) afirmando que o Nannai privatizou a praia. “Também não avançamos na praia. Quando o mar está cheio não tem como passar, a faixa de areia está muito pequena, mas foi o mar que avançou”. O síndico acrescentou que ainda não recebeu qualquer notificação do MP. Caso receba, apresentará os documentos solicitados, indicando que não houve modificação da condição original ao longo dos últimos 13 anos.

APURAÇÃO

Em despacho assinado esta semana, o procurador Antônio Nilo Rayol Lobo Segundo determina envio de ofício ao Nannai Residence, dando prazo de cinco dias para o empreendimento apresentar documentos que comprovem a regularidade do muro. E também solicita informações à Secretaria de Patrimônio da União (SPU-PE) e à Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Ipojuca. O assunto será discutido em reunião administrativa na Procuradoria da República (Polo Cabo de Santo Agostinho-Palmares), dia 28 de setembro próximo, às 10h.

Antes de publicar a matéria, o JC havia procurado na sexta-feira (15) o gerente do Nannai Residence, no próprio condomínio, mas ele informou, através porteiro, que não estava autorizado a dar entrevistas e nem indicou outra pessoa para prestar informações. A Secretaria de Meio Ambiente de Ipojuca também foi procurada e não se pronunciou.

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