TRAGÉDIA

Terceiro PM morto atropelado por trem do metrô no Recife é sepultado

O PM Clécio Fagner Santos do Nascimento, de 36 anos, chegou a passar por um procedimento na coluna devido a um traumatismo raquimedular

JC Online
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Publicado em 22/05/2018 às 16:45
Foto: Reprodução/ TV Jornal
O PM Clécio Fagner Santos do Nascimento, de 36 anos, chegou a passar por um procedimento na coluna devido a um traumatismo raquimedular - FOTO: Foto: Reprodução/ TV Jornal
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Foi enterrado na tarde desta terça-feira (22) o corpo do terceiro policial militar morto atropelado pelo composição do metrô, no Cemitério Memorial Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR). O soldado Clécio Fagner Santos do Nascimento, 36 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu nessa segunda-feira (21), no Hospital da Polícia Militar.

Dezenas de familiares e amigos estiveram no sepultamento para prestar as últimas homenagens ao policial. Ainda no Hospital da Restauração (HR), ele passou por uma neurocirurgia na quarta-feira (16), no HR, por causa de um Traumatismo Raquimedular (TRM). Clécio havia sido transferido para o Hospital da Polícia Militar na sexta (18).

Durante a cerimônia de velório e sepultamento, houveram várias homenagens, entre elas, um helicóptero da Secretaria de Defesa Social (SDS) sobrevoou o local. Da porta da aeronave, um policial prestou continência. Honras militares, com salva de tiros também foram feitas em memória do militar. Uma salva de palmas foi levantada após as honras. 

O Tenente Coronel Silvestre Dantas, comandante do 16º BPM em que os policiais estavam lotados, lamentou profundamente a morte de três integrantes da equipe e colegas de farda.  

Cristian Silva, amigo de Clécio, contou em entrevista à TV Jornal, que a transferência do policial do Hospital da Restauração para o Hospital Militar não teria sido autorizada pela família. 

O acidente, no dia 15 de maio, outros dois oficiais faleceram. Um quarto policial atingido, o PM Luciano Antônio da Silva, 35 anos, fraturou o braço esquerdo e sofreu uma contusão no abdômen. Ele segue internado no Hospital da PM.

Em nota, coronel Vanildo Maranhão informou que vai decretar três dias de luto oficial na Polícia Militar de Pernambuco. Clécio exercia a profissão há nove anos.

Nota de pesar da Polícia Militar

"A Polícia Militar lamenta informar que, após lutar bravamente pela vida desde o trágico acidente com um trem do metrô, na terça-feira (15/05), e receber todo o suporte médico da Corporação, veio a óbito nesta segunda-feira o soldado Clécio Fagner Santos do Nascimento, 36 anos, sendo nove deles de excelentes serviços prestados à PMPE.

O comandante geral da Corporação, coronel Vanildo Maranhão, em nome de toda a tropa, se solidariza com os familiares do soldado Clécio. Além das honras militares o comandante vai decretar três dias de luto oficial na PMPE.

Detalhes sobre o sepultamento serão repassados posteriormente após a corporação consultar a família do soldado Clécio.

Coronel PM Vanildo Maranhão

Comandante Geral da Polícia Militar de Pernambuco"

Acidente

O acidente com o trem de número 171 ocorreu na noite da terça-feira (15). Seis policiais do Grupamento de Apoio Tático Itinerante (Gati) do 16º Batalhão da Polícia Militar (BPM) perseguiam um grupo de traficantes, que de acordo com informações atua constantemente na área e estaria prestes a matar um rival.

Ao chegar ao bairro de São José, pelo lado sul da linha do metrô, os policiais teriam sido recebidos à bala e quatro deles iniciado uma perseguição. Os traficantes teriam pulado o muro de isolamento do sistema metroviário e os policiais fizeram o mesmo, na tentativa de prendê-los. Na área da linha, os PMs teriam sido surpreendidos por uma das composições do metrô. Após a colisão, eles foram arremessados a uma distância de 30 metros.

A CBTU explicou que o trecho onde aconteceu o acidente é um dos mais perigosos da rede porque é uma área de cruzamento. “Quatro metrôs podem passar ali ao mesmo tempo. Temos trens indo e voltando tanto na Linha Centro como na Linha Sul”, afirmou Murilo Barros, gerente operacional da CBTU.

O possível desligamento do farol do trem deve ter acontecido porque é regra operacional exigida sempre que as composições se cruzam ou entram nas estações.

Nas redes sociais, multiplicam-se publicações lamentando a morte do soldado. "É com muito pesar que comunico o falecimento de um guerreiro que deixou seu legado, o PM Clécio Fagner. Peço que orem pela família, esposa e filhos. Que Deus conforte os corações", escreveu um usuário do Facebook identificado como Dermison Cunha. 

 

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