Patrimônio

Forte Orange terá entrada gratuita até setembro de 2018

Monumento brasileiro, o Forte Orange fica na Ilha de Itamaracá,município do Grande Recife

Da Editoria Cidades
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Publicado em 28/07/2018 às 8:08
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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O Forte Orange, reaberto nessa sexta-feira (27/07) por associações de moradores e comerciantes da Ilha de Itamaracá que desejam fazer parte da gestão do monumento histórico, funcionará sem cobrança de ingresso nos próximos dois meses. De acordo com o secretário de Turismo, Cultura e Eventos do município, Bruno Reis, a edificação poderá ser visitada todos os dias da semana, das 9h às 13h. “Ainda vamos definir o valor da taxa de acesso e os recursos arrecadados serão usados na manutenção do equipamento”, declara o secretário.

Localizado no Litoral Norte de Pernambuco, o Forte Orange é uma construção holandesa de 1631, no século 17, reformada pelos portugueses em 1696. A fortaleza, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938, pertence à União. “Assinamos um contrato de cessão com o Iphan, em 29 de junho deste ano, para o município assumir a gestão do forte. As associações podem colaborar, mas a gestão é da prefeitura”, afirma Bruno Reis.

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Obra de restauração do Forte Orange, na Ilha de Itamaracá, iniciada em 2014, está concluída - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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O Forte Orange (Itamaracá) foi construído por holandeses em 1631 e reformado por portugueses em 1696 - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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A fortaleza de Orange, em Itamaracá, é tombada pelo Iphan como monumento brasileiro desde 1938 - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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A gestão do Forte Orange, depois da obra de restauração, será feita pela Prefeitura de Itamaracá - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Prefeitura de Itamaracá pretende expor no Forte Orange achados arqueológicos de escavações no local - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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A capela do Forte Orange (Itamaracá) servirá como espaço para exibição de filmes e documentários - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Dependências do Forte Orange serão ocupadas com artesanato e doces fabricados em Itamaracá - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Muralhas do Forte Orange, em Itamaracá, recuperaram a cor natural da pedra depois de lavadas - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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No fim do século 16 portugueses rebatizaram o Forte Orange (Itamaracá) como Fortaleza de Santa Cruz - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Forte Orange, na Ilha de Itamaracá, concorre ao título de Patrimônio da Humanidade da Unesco - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Esculturas do antigo guardião do Forte Orange, José Amaro de Sousa, estão guardadas na edificação - Foto: Bobby Fabisak/JC magem
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Maracatu Águia de Ouro de Igarassu se apresentou na frente do Forte Orange sexta-feira (27/07/2018) - Foto: Bobby Fabisak/JC magem
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Forte Orange será reaberto oficialmente dia 2 de agosto de 2018, mas as visitas estão liberadas - Foto: Bobby Fabisak/JC magem
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Área da antiga porta holandesa do Forte Orange, resgatada em escavações, está exposta ao público - Foto: Bobby Fabisak/JC magem
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Até setembro de 2018, acesso ao Forte Orange, no Litoral Norte de Pernambuco, será gratuito - Foto: Bobby Fabisak/JC magem

 

A obra de restauração, iniciada em outubro de 2014, está concluída. Mas falta ocupar as salas. A proposta da prefeitura é destinar uma área para expor peças arqueológicas encontradas em escavações no forte, abrir espaços para venda de artesanato e de doces produzidos por moradores da ilha, além de licitar um café. “Esperamos estar com tudo pronto em 30 dias”, diz o secretário. A fortificação ficará disponível para eventos promovidos pela iniciativa privada e poder público.

Segundo ele, a Feira Internacional do Folclore e a Primeira Feira Literária da Ilha de Itamaracá deverão ocupar áreas do forte em novembro de 2018. “Estamos fechando as negociações, nossa intenção é trazer eventos compatíveis com o monumento para o forte ser autossuficiente”, avisa.

Com o Forte Orange recuperado, a Secretaria de Turismo de Itamaracá pretende pedir o apoio de indústrias de origem holandesa para resgatar outras áreas de interesse turístico da ilha. “Queremos reabrir o Projeto Peixe-Boi (Centro de Mamíferos Aquáticos), que fica ao lado da fortificação; sinalizar a Trilha dos Holandeses; fazer o ordenamento da orla e melhorar a infraestrutura de Vila Velha para os visitantes”, ressalta o secretário.

Maracatu

Sexta-feira (27), as associações de moradores e comerciantes da ilha levaram artistas para se apresentar na frente do forte, a partir das 9h. Com a chuva no Grande Recife, só o Maracatu Águia de Ouro de Igarassu fez uma pequena exibição, por volta das 11h. “Estamos criando a Associação Amigos do Forte e queremos fazer convênio com a prefeitura para gerenciar o patrimônio”, diz Sol Esoje Sousa, representante do grupo.

Executada ao longo de quase quatro anos, a obra de restauração do Forte Orange custou R$ 10,9 milhões, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) pelo Programa de Desenvolvimento do Turismo. Foi uma parceria da Secretaria de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer de Pernambuco com o Iphan. A abertura oficial do monumento está programada para a próxima quinta-feira (02/08), informa Bruno Reis.

“Muito bom o forte recuperado, perdi muitos clientes durante a obra”, comenta Ivonete Wanderley, 75 anos, moradora e dona de bar na ilha. Paloma Santos, 19, e Laudenilson Fernandes, 52, comerciantes na região, disseram que perderam quase 70% da clientela nesse período. O Forte Orange estava parcialmente aberta aos visitantes desde dezembro de 2015.

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