PREVENÇÃO

Ação do Movimento Brasil sem Parasitoses realiza atendimentos no Recife

A ação permanece no Recife até esta sexta-feira (3). O atendimento é gratuito e é feito por ordem de chegada

Editoria de Cidades
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Publicado em 02/08/2018 às 7:00
Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem
A ação permanece no Recife até esta sexta-feira (3). O atendimento é gratuito e é feito por ordem de chegada - FOTO: Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem
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O Movimento Brasil Sem Parasitose (MBSP) está realizando no Recife uma ação para a conscientização da população quanto aos riscos das infecções por parasitas. Os atendimentos são realizados em um caminhão, estacionado no pátio da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, no bairro de Santo Antônio, até esta sexta-feira (3).

Por dia, estão sendo realizados 200 atendimentos gratuitos. O horário é das 8h às 17h e os pacientes não só recebem orientações, como também se consultam com médicos da Federação Brasileira de Gastroenterologia.

O serviço é realizado em duas etapas. Na primeira, os participantes respondem um questionário socioeconômico e sobre hábitos alimentares e de higiene. Em seguida, técnicos de saúde avaliam os sinais vitais do paciente, que será encaminhado aos médicos. Nesta última fase, a equipe orienta e analisa o caso, podendo solicitar exames ou passando medicamentos.

Cuidados

As parasitoses podem ser contraídas por meio da ingestão oral, a partir de alimentos mal lavados e água infectada, ou pelo contato com a pele. A médica Camila Andrade, que está fazendo parte do MBSP, reforça que as infecções podem acometer pessoas de todas as idades e, apesar de estar ligada à falta de saneamento, toda a população está sujeita. “Não é uma doença exclusiva de pessoas que vivem em áreas mais precárias, ela atinge todas as classes socioeconômicas e qualquer faixa etária. É uma doença simples de tratar, que atinge o mundo inteiro, porém muito desvalorizada ”, pontua.

A olindense Marcela Torres, 27 anos, aproveitou para se consultar e disse que já sofreu com parasitoses. Na ação, ela recebeu orientações de quais cuidados deve tomar.  “A equipe me orientou a lavar sempre as mãos. A lavagem da verdura e das frutas eu já fazia, mas não no tempo certo. Os médicos me indicaram deixar 15 minutos de molho, para garantir e ficar protegida”, comenta. Somado a esses cuidados, Marcela também foi orientada a fazer exames e tomar medicações específicas.

Ainda segundo a médica Camila Andrade, os principais sintomas destas infecções são as dores abdominais, náuseas, vômitos, diarreias, tosses e até falta de ar. Caso não sejam tratadas, estas parasitoses podem evoluir para quadros mais sérios, podendo causar complicações neurológicas, hepáticas e pancreáticas.

Consciente dos perigos destas doenças, o caminhoneiro Francisco Oliveira, 58 anos, toma os cuidados possíveis para se proteger. “Às vezes a gente está trabalhando fora e não sabe como as pessoas prepararam a comida, tem que ser com água corrente e limpa”, explica. Apesar das dificuldades da vida na estrada, Francisco diz tomar os cuidados necessários. “Uso escova para lavar as unhas, sempre com sabão amarelo. Para comer, quando é em restaurante, sempre lavo as mãos e, quando a gente cozinha no caminhão, prefiro água mineral, se não tiver, uso água corrente”, comenta.

No Brasil, 36% da população sofre com doenças de parasitárias. No caso das crianças, esse índice pode chegar a 55%. O MBSP roda por cidades de todo o Brasil e já beneficiou mais de 20 mil pessoas.

 

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