Embora a Prefeitura de Olinda tenha proposto que os feirantes sejam transferidos para o Mercado de Caixa d'Água, em Olinda, Grande Recife, os vendedores que ficam na Estrada de Caenga, localizada no limite entre o bairro e o de Beberibe, na Zona Norte do Recife, se recusam a sair do local onde vendem seus produtos.
Os comerciantes afirmam que encontram uma grande dificuldade diariamente, pois, no local, há muitas pessoas trabalhando para pouco espaço. Ônibus, carros, motos e bicicletas atrapalhariam os feirantes, que instalam suas bancas em todo lugar, ocupando estacionamento de mercado, calçadas, pontes e até ruas.
O local em que a prefeitura propôs para os feirantes fica a cerca de 300 metros de onde eles trabalham atualmente. Ele já funciona há 10 meses e contém espaços para os vendedores trabalharem. No entanto, para a vendedora Maria da Conceição Bezerra, o local não é de interesse para os trabalhadores informais. "Se for para o mercado de Caixa d'Água, a gente não consegue vender nada, porque é um local morto. Eu preciso trabalhar e vou continuar aqui, não só eu como todos os feirantes", declarou.
Protesto
Nessa quarta-feira (15), a Polícia Militar foi acionada para retirar os trabalhadores informais do local a pedido da Prefeitura de Olinda. Os vendedores, no entanto, não aceitaram a recomendação e iniciaram um protesto com pneus queimados. A polícia deu tiros de balas de borracha para dispersar a movimentação.
A Prefeitura de Olinda contou que o volume de venda dos feirantes que se mudaram para o mercado de Caixa d'Água cresceu 30%, afirmando que vai continuar trabalhando diariamente para a manutenção do ordenamento na feira de Caixa d'Água.