Destacar o trabalho de cientistas mulheres e incentivar meninas a seguirem carreira na área científica. Esses são os objetivos do projeto Mulheres na Ciência, desenvolvido por seis professoras da Escola Estadual Professor Motta e Albuquerque, na Tamarineira, Zona Norte do Recife. Através de uma vaquinha virtual na plataforma SomosProfessores.org, elas pretendem arrecadar R$ 2.781,81 para equipar o laboratório da instituição, que atualmente está fechado por falta de condições mínimas de funcionamento.
Leia Também
- Consciência negra: atletas negros combatem o racismo
- Discreto, Marcão tem se destacado no Sport pela eficiência
- Ludmilla reúne MCs em clipe para celebrar Dia da Consciência Negra
- Sons da África celebra a Consciência Negra na Caixa Cultural
- Lucas dos Prazeres celebra percussão e consciência negra
- Para ministro, é 'mais simples' unir MEC com Ciência e Tecnologia
- Pontes: novo governo não decidiu se universidades vão para Ciência e Tecnologia
- Bolsonaro: Ministério das Comunicações deve ficar junto com Ciência e Tecnologia
- Pontes diz que assumir Ciência e Tecnologia será 'grande missão'
O projeto nasceu a partir da constatação de que muitos cientistas homens são estudados nas salas de aula, mas as mulheres acabam ficando de fora dos livros didáticos. Apesar dessa realidade, há um interesse maior das meninas nas várias áreas da ciência. “Botar o nosso laboratório para funcionar foi a maneira que encontramos de tornar as aulas mais atrativas e despertar ainda mais o interesse. A iniciativa não beneficia somente as meninas, mas cerca de 400 alunos da instituição”, justifica Edna Trindade, professora de ciências e uma das idealizadoras.
Entre os materiais, estão vidrarias de laboratório e um microscópio. “As necessidades vão além, mas pensamos no que seria essencial para os trabalhos”, explica Edna. Os insumos servirão para as aulas de química, física, biologia e matemática das turmas do 6º ano do ensino fundamental até o 3º ano no ensino médio.
“A gente sempre comemora poder apoiar projetos que tentam fazer a ciência mais tangível e atrativa para os alunos. Sendo a ciência tão dominada por homens, a gente fica ainda mais feliz em poder apoiar um projeto proposto por mulheres, de um laboratório que será utilizado por professoras e cientistas mulheres”, destaca a diretora-executiva da ONG, Luiza Dantas.
As professoras têm 29 dias para arrecadar o dinheiro necessário, através da plataforma. Até a noite de sexta-feira, apenas R$ 350 haviam sido doados. Para contribuir, basta acessar o site somosprofessores.org e realizar um pequeno cadastro.
A PLATAFORMA
Fundada em março de 2015, a ONG já incubou 48 projetos. Desses, 46 foram financiados e outros dois estão em aberto. Ao todo, foram beneficiados mais de 10,5 mil estudantes pernambucanos. A plataforma repassa apenas recursos materiais para as instituições. Quando o professor submete sua proposta, a equipe faz a análise e o orçamento do projeto. Todos os detalhes são publicados no site e podem ser acompanhados pelos doadores.
Se a meta não for atingida, os doadores recebem de volta o valor de suas contribuições. Caso o projeto seja financiado, a equipe se encarrega de comprar os materiais e entregá-los diretamente para o professor, que se compromete a registrar e prestar contas de todas as etapas de execução.
