Urbanismo

Feirantes pedem reforma no Mercado de Caixa d'Água em Olinda

De acordo com a Prefeitura de Olinda, os serviços previstos para o mercado serão realizados após o Carnaval 2019

Da Editoria Cidades
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Publicado em 28/12/2018 às 8:08
Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
De acordo com a Prefeitura de Olinda, os serviços previstos para o mercado serão realizados após o Carnaval 2019 - FOTO: Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
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Na semana passada, a Secretaria de Planejamento Urbano de Olinda retirou da frente do Mercado Público de Caixa d’Água vendedores de frutas e verduras que ocupavam a calçada do centro de compras. O passeio está livre das carroças e dos carros de mão, mas os feirantes do mercado queixam-se de falta de estrutura e de limpeza com mais frequência no local.

“A prefeitura veio aqui e levou o pessoal das carroças para uma área perto da ponte (sobre o Rio Beberibe) que divide Olinda e Recife, sem fazer melhorias no pátio da feira. Usamos energia de gambiarra, os banheiros não têm portas nem água nas torneiras e nas descargas”, declara o feirante Valdemir Agostinho da Silva, que trabalha na área há 30 anos.

Ele também se queixa do lixo acumulado no passeio público, logo na entrada do mercado. “A coleta não passa desde o dia 22 de dezembro, os sacos estão amontoados”, denuncia. Segundo Valdemir da Silva, os entulhos são largados por feirantes e moradores de Caixa d’Água. Oito comerciantes trabalham no pátio da feira durante a semana e o número chega a 20 aos sábados, informa.

Para o feirante Edvaldo Rocha da Silva o mercado necessita de uma reforma completa. “Precisa melhorar muita coisa e a primeira é a limpeza de forma geral, depois do meio-dia não tem quem consiga entrar nos banheiros”, destaca. Edvaldo Rocha acrescenta que apenas os comerciantes com tabuleiros mais próximos da avenida (Leopoldino Canuto de Melo) conseguem clientes. “Quem fica na parte de trás sofre.”

Segurança particular e consumidor de frutas e verduras no mercado, João Augusto Borges Filho lamenta a precariedade da feira, na cidade de Olinda. “Falta estrutura, eu vi fios de energia elétrica expostos e isso é um perigo; o lixo atrai gabiru e moscas; basta olhar os toldos que cobrem os tabuleiros para perceber a situação”, afirma João Augusto.

Prefeitura

O secretário de Planejamento Urbano de Olinda, André Botelho, disse que a retirada dos vendedores de frutas e verduras da calçada corresponde ao início do ordenamento do comércio informal. “Levamos as carroças e carros de mão para o Beco do Tempero, perto da ponte e logo após o Carnaval (2019) vamos organizar a parte interna do mercado”, declara.

De acordo com o secretário, os comerciantes estão cadastrados e a prefeitura vai comprar tabuleiros para padronizar a feira. Sobre os banheiros avariados, André Botelho garante que os sanitários masculino e feminino foram reformados em 2018. E com relação ao lixo ele observa que o problema é provocado por alguns feirantes que não descartam os entulhos da forma correta.

A Prefeitura de Olinda, diz ele, vem realizando ações educativas no mercado para conscientizar os feirantes sobre a higiene no pátio da feira. “Limpeza é importante demais num lugar onde se vende frutas e verduras”, ressalta o aposentado Nilson Gomes, cliente da feira.

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