Na última segunda-feira (14), equipe de policiais do 2ª DPRN apreenderam nove armas de fogo sob posse de suspeitos de integrar uma quadrilha especializada no comercio ilegal de armas para o tráfico de drogas. As três pistolas e seis revolveres, todos com indícios de adulteração, foram encontrados em duas residências no bairro do Coqueiral, Zona Oeste do Recife.
De acordo com a Policia Civil, o primeiro suspeito abordado foi Diego Gomes dos Santos, conhecido como MC Samuray, que portava uma pistola sem registro legal no carro e guardava mais quatro armas em casa. Ao ser pego, Samuray indicou que o real proprietário do armamento era um outro homem residente do mesmo bairro.
Na casa do segundo suspeito, foram encontrados mais dois revolveres e uma pistola. No momento da apreensão, quem estava presente foi sua companheira, Maria Eduarda da Silva Fernandes, autuada por posse ilegal de armas. De acordo com a Polícia, nem Samurai nem Maria Eduarda possuíam histórico criminal.
Samurai, apontado pelo delegado Ícaro Schneider como vendedor da quadrilha, foi indiciado por posse e uso adulterado de arma de fogo, e está preso preventivamente no Cotel. Maria Eduarda, também autuada, foi liberada pelo juiz plantonista por ser mãe de dois filhos menores de idade. Os dois serão apresentados em audiência de custódia no Fórum da Comarca da Capital.
Investigação
Foram apreendidas sendo duas pistolas .40, uma pistola .765 e 06 revólveres calibre 38, de valores não especificados. "Os valores das armas são relativos diante do estado delas e também da idade. Arma é um bem durável, pode durar mais de 30 anos na mão de uma pessoa. A primeira arma apreendida, especificamente, estava sendo oferecida a venda por R$ 6 mil. O preço médio no mercado negro de uma pistola vai entre R$ 4 mil e R$ 6 mil, e de um revólver fica entre R$ 2 mil e R$ 4 mil", afirmou o delegado.
"A apreensão foi importante para diminuir, como consequência, o poder do tráfico e o assalto com armas de fogo" disse Cláudio Castro, gestor do DENARC (Departamento de Investigações sobre Narcóticos). Ele ressaltou que, até o momento, não há informações nos autos que afirmem que elas eram usadas também para homicídios. A Polícia Civil seguirá as investigações para descobrir a origem das armas e seu destino final.
