ASSALTO A BANCOS

Grupo criminoso morto em Gravatá se preparava para agir, segundo a PM

A polícia encontrou armamento, munições, coletes a prova de balas, celulares e um carro com o grupo

Cadastrado por
JC Online
JC Online
JC Online
Publicado em 01/10/2019 às 15:42 | Atualizado em 07/03/2020 às 2:13
Foto: Divulgação / PM
FOTO: Foto: Divulgação / PM
Leitura:

O grupo criminoso especializado em assalto a bancos que foi desarticulado pela polícia na madrugada desta terça-feira (1º), em Gravatá, no Agreste de Pernambuco, estava se preparando para agir outra vez. Segundo informações apresentadas pela Polícia Militar em coletiva de imprensa, na manhã desta terça, o grupo estaria recebendo armamento no local para agir, na madrugada, contra uma instituição financeira da região. 

A operação terminou com as mortes de cinco suspeitos. Ao chegar no local, uma casa que pertence a um haras no sítio Carapotós, às margens da PE-081,na Zona Rural de Gravatá, descoberto por meio do serviço de inteligência da polícia e denúncias, os grupos da 5ª Companhia Independente da Polícia Militar de Gravatá (CIPM) e do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (BEPI) foram recebidos com reação dos suspeitos. 

“As informações obtidas pelo nosso serviço de inteligência falavam sobre isso. Inclusive, na data de ontem (segunda-feira, 30), eles estariam recebendo armamento no local para agir na madrugada, contra uma instituição financeira da região. Também segundo as informações, eles não agem apenas contra instituições, mas também em roubos de cargas e homicídios. Dos dois coletes apreendidos, um deles tinha placa de cerâmica, que é um material utilizado para suportar o tiro de fuzil, então realmente uma quadrilha bem equipada”, contou o subcomandante 5ª CIPM, o major Guilherme Bispo. 

A polícia acredita que grande parte do grupo criminoso foi detida ou morta nesta operação, mas não confirma ou nega se há ramificações deste grupo. “Eu imagino que a maioria dos componentes da quadrilha foi detida ou tombada nessa ação, mas a polícia judiciária vai continuar, aprofundar as investigações e então teremos certeza se ela teria mais alguns envolvidos ou não”, explicou. 

A ação 

De acordo com o subcomandante, haviam duas residências na propriedade. Na primeira abordagem, dois suspeitos identificados como Civaldo José da Silva Nascimento, 25 anos, e Andreli Lindalva Costa da Silva, 24, se renderam. Já na segunda, houve reação das cinco pessoas que estavam na casa e troca de tiros, resultando na morte de todos os cinco suspeitos. Foram mortos: Paulo Ricardo Silva, 29 anos; Iraquitan Valdeci da Silva Júnior, 22; Pedro Henrique Araújo da Silva, 25, Sebastião Antônio do Nascimento, 37  e Pedro Guerreiro dos Santos, 36. Nenhum policial foi atingido. 

Com os suspeitos, foram encontrados três pistolas, um revólver calibre 38, duas espingardas, dois coletes a prova de balas, dois carregadores de calibre 40, uma balaclava, vários tipos de munições intactas, sete celulares e um veículo, que tem placa de Jaboatão dos Guararapes e estava estacionado na frente da casa, cravado de balas e com a porta arrombada. O material apreendido foi conduzido para a delegacia de Vitória de Santo Antão. 

Santa Cruz do Capibaribe 

Esta não é a primeira vez neste ano em que uma operação da polícia termina em morte. No mês de julho, após um grupo assaltar um mercadinho em Santa Cruz do Capibaribe no dia anterior e trocar tiros com policiais, resultando na morte de dois agentes, órgãos de segurança de Pernambuco e da Paraíba reagiram indo em busca do grupo. 

A busca pela quadrilha suspeita de ser responsável pelas mortes também teve confronto entre policiais e bandidos, resultando na morte de oito pessoas, todas suspeitas de fazer parte de uma outra quadrilha de assalto a bancos. O confronto aconteceu no limite entre os municípios paraibanos de Barra de São Miguel e Riacho de Santo Antônio.

Força-tarefa Bancos 

Enquanto Pernambuco via crescer os números de assaltos a bancos, caixas eletrônicos e carros-fortes, as polícias Civil e Federal criaram a Força-tarefa Bancos, no segundo semestre de 2016. Uma iniciativa voltada para o combate a estes tipos de crime. Apesar de o caso de Gravatá não estar vinculado à Força-tarefa, o grupo, segundo a polícia, era especializados em assalto a bancos. 

Atualmente, os números do trabalho coordenado pela Secretaria de Defesa Social apresentam redução em relação ao ano anterior. Entre janeiro e agosto de 2019, 32 acusados de assaltos a bancos foram presos. Também no ano corrente, os números de furtos em agências bancárias caíram 71%, os de roubos em agências bancárias 85%, os de ataque a caixas eletrônicos tiveram redução de 25% e os de assalto a carros-forte diminuíram 14%. 

“Essas ações são fruto deste grande debate e articulação que a gente faz na Força-tarefa Bancos. A gente discute com todos esses atores - como a Polícia Militar da capital e do interior, a Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, a Perícia Criminal - e tem intensificado nesses locais que ainda tem ocorrência. Nesse esforço conjunto tem propiciado não só uma redução muito expressiva que, no ano de 2019 está na casa dos 63% na junção destes tipos de crime, como também mesmo quando eles conseguem executar algum crime, têm levado vários revezes. Se não no momento da ação, a Polícia Civil tem conseguido chegar em um segundo momento”, explicou Humberto Freire, Secretário Executivo de Defesa Social.

Foto: Divulgação / PM
Com eles foram apreendidos armas e munições - Foto: Divulgação / PM
Foto: Divulgação / PM
A quadrilha recebeu os policiais a tiros, segundo oficiais - Foto: Divulgação / PM
Foto: Divulgação / PM
Confronto aconteceu na madrugada desta terça-feira (1º) - Foto: Divulgação / PM

Últimas notícias