OTIMISMO

''Não vou desistir'', diz jovem que sofreu acidente de kart sobre sonho de ser médica

Sempre sorridente, Débora Dantas, 19 anos, afirmou que agora tem ainda mais força para seguir a profissão

JC Online
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Publicado em 11/10/2019 às 0:15
Foto: Divulgação/Hospital Especializado
Sempre sorridente, Débora Dantas, 19 anos, afirmou que agora tem ainda mais força para seguir a profissão - FOTO: Foto: Divulgação/Hospital Especializado
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Internada desde 18 de agosto em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, a auxiliar de ensino infantil Débora Dantas de Oliveira, 19 anos, que perdeu o couro cabeludo em um acidente de kart em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, vai receber alta neste sábado (12). Emocionada e sorridente ao lado dos médicos, Débora participou de entrevista coletiva nesta quinta-feira (11), no hospital, e falou sobre a vontade de ser neurocirurgiã.

“Eu sempre tive muitos sonhos, o principal é me tornar médica como os meus companheiros que estão aqui. Estava estudando há três anos e não vou desistir. Sempre me esforcei muito para isso, não vai ser agora que vou desistir, pelo contrário, agora eu tenho mais força para insistir. Eu aprendi que na vida as pessoas podem tomar muitas coisas de você, a beleza, a liberdade, mas o conhecimento ninguém tira”, afirmou.

Como precisará ir à unidade de saúde para trocar os curativos duas vezes por semana, até o fim do mês, a jovem continuará hospedada na cidade. Em novembro e dezembro, de acordo com a equipe médica, Débora terá um período de “férias” do tratamento e poderá vir ao Recife. A etapa de recuperação estética está prevista para o mês de janeiro de 2020.

Relembre o caso

O acidente que escalpelou a auxiliar de ensino infantil Débora Stefany ocorreu na pista de kart Adrenalina, que funcionava há um mês no supermercado Walmart de Boa Viagem. O local foi interditado e não retomará as atividades.

Débora e o companheiro pagaram R$ 50, cada, por 22 voltas. A tragédia aconteceu quando ela estava na segunda volta. De acordo com relatos ao Procon, funcionários teriam ficado desesperados na hora e não teriam prestado socorro à vítima. Após 30 minutos de espera por atendimento, ela foi levada pelo namorado ao Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife.

“Ela não teve nenhum tipo de assistência, eles foram totalmente omissos. Não havia bombeiro civil, militar ou alguém que pudesse fazer esse acolhimento. Também não havia viatura para levá-la a um hospital”, denunciou Douglas Nascimento, tio de Débora, em entrevista à TV Jornal.

À TV Jornal, um funcionário da pista, que não quis ser identificado, disse que o cabelo de Débora se soltou repentinamente. Ele garantiu que seus colegas prestaram socorro e acusou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de demora.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife, o pedido foi feito às 17h05. Às 17h07 a ambulância foi acionada e às 17h27, quando o Samu já estava à caminho, foi informado de que a vítima havia sido levada em um veículo particular.

O empresário Wanderlei Dreyer, pai do dono do Adrenalina classificou o episódio como “fatalidade”. “Foi um acidente. É o primeiro caso desde que atuamos na área, há 20 anos”, alegou. A família, disse, já planejava fechar o empreendimento porque não estaria dando o lucro esperado. 

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