Nesta segunda-feira (27), a cidade de Olinda é considerada a capital simbólica do Brasil e de Pernambuco. O título oficial é recebido todos os anos no dia 27 de janeiro, devido a decretos de lei estadual e nacional. A homenagem acontece por causa do aniversário da Restauração Pernambucana, movimento que contribuiu para o fim de 24 anos de ocupação holandesa no Nordeste brasileiro em 1654.
Desde 2003, o município ganhou o status de capital simbólica de Pernambuco graças à Lei nº 12.500, de autoria da deputada estadual Teresa Leitão (PT). Já o título de capital do Brasil foi concedido em 2010 pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em 13 de julho de 2010, Lula sancionou a Lei nº 12.286. De acordo com as duas determinações, a cada 50 anos, durante as comemorações da Restauração Pernambucana e Nordestina, o Prefeito e a Câmara de Vereadores da cidade são considerados prefeito e Câmara Mor de Pernambuco e do Brasil.
Restauração Pernambucana
Em 2020, a Restauração Pernambucana completa 366 anos. O movimento é considerado o primeiro passo de afirmação do sentimento da nacionalidade brasileira, consistindo no marco inaugural da consolidação da identidade nacional.
Segundo registros da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), durante a permanência dos holandeses no Nordeste, as elites política e a população de Olinda tomaram consciência de que nossas terras tinham construído uma nação que não era Portugal, Espanha, nem Holanda; era Brasil.
Reagindo à ocupação, os antigos membros do Senado de Olinda montaram e armaram um exército formado por cotas raciais: tropas de negros comandadas por um negro, Henrique Dias; tropas de índios comandadas por um índio, Felipe Camarão; e tropas de brancos comandadas por um branco, André Vidal de Negreiros. Com tal exército, o grupo político de Olinda desencadeou e comandou a guerra de reconquista, finda em 1654.