Atualizada às 02h49
A noite do sábado (22) de Carnaval no Recife foi das mulheres no palco do Marco Zero, com discursos pedindo respeito e de combate ao assédio. O palco principal, no Marco Zero, foi tomado por shows de Gaby Amarantos, Nena Queiroga (e convidadas), Elza Soares, além da peça a Dita Curva, protagonizada pelas artistas Flaira Ferro, Aishá Lourenço, Aninha Martins, Isaar, Isadora Melo, Laís de Assis, Luna Vitrolira, Paula Bujes, Sofia Freire e Ylana Queiroga.
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A cantora Michelle Melo também se apresentou e fez um discurso em defesa do respeito. "Se eu uso roupa curta e gosto de rebolar, se eu abuso do decote, é porque eu quero mostrar. O meu corpo é meu e eu mando, ninguém mete a colher. Eu só preciso de respeito para ser o que eu quiser", disse Michelle antes de iniciar o clássico do brega 'Baby Doll', em ritmo de frevo.
Representatividade
Já Gaby cobrou que as mulheres tenham seu espaço não somente no Carnaval. "É um momento extremamente necessário, e queremos ver essa representatividade não só no Carnaval. Queremos estar em todos os espaços, mas isso não quer dizer que os homens também não podem", explicou.
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ELZA SOARES
O show de Elza Soares neste sábado no Marco Zero teve de ser interrompido por problemas técnicos no palco, que precisou ter as cortinas fechadas para que fosse resolvido o problema - que ocorreu no gerador principal. Foram alguns minutos de paralisação até que o show voltasse.
Antes da interrupção, Elza deu um recado político aos foliões que entoaram gritos contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. Após um 'Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*', Elza alertou: "não adianta mandar o cara tomar aqui, tomar ali gente. O negócio é ir para a rua. É bobagem, a gente não tem que mandar nada, tem que ir para a rua, é na rua que a gente faz a reviravolta, nas ruas", afirmou a cantora, que também defendeu que "não é não", fazendo referência à campanha contra o assédio.
PREFEITO
O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), também falou sobre a importância da noite destinada às mulheres. "Uma noite muito importante que trata de um tema sério, violência, assédio, não é tema engraçado, precisa ser combatido. Fazemos campanha do 'Não é Não', respeite o limite do outro faça com consentimento, nada forçado", afirmou o gestor.