Greve geral

Sindicato dos rodoviários não confirma paralisação; Oposição convoca categoria

De acordo com o órgão, a adesão ou não ao movimento agora depende de uma assembleia interna, que ainda não tem data marcada para acontecer

JC Online
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Publicado em 12/06/2019 às 17:55
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De acordo com o órgão, a adesão ou não ao movimento agora depende de uma assembleia interna, que ainda não tem data marcada para acontecer - FOTO: Foto: Acervo/ JC Imagem
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Apesar de ter anunciado que a decisão sobre aderir ou não à greve geral da sexta-feira (14) seria revelada nesta quarta-feira (12), em coletiva de imprensa com centrais sindicais, o Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco ainda não se pronunciou sobre a possível paralisação. De acordo com o órgão, a adesão ou não ao movimento agora depende de uma assembleia interna, que ainda não tem data marcada para acontecer. A oposição ao Sindicato dos Rodoviários, no entanto, promete realizar a paralisação nas ruas. A greve geral está marcada para esta sexta-feira (14), em todo o Brasil, e é um movimento contrário à reforma da Previdência.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana (Sttrepe), Benilson Custódio, uma possível paralisação tem que ser decidida com "cautela", por causa da proposta do aumento salarial da categoria. "Uma campanha já foi protocolada, os patrões já têm inclusive uma procuradora. A gente para tomar uma decisão dessa tem que ser em votação colegiada", alegou Benilson. Porém, questionado sobre o dia que a assembleia seria realizada, ele informou que é um procedimento interno e a posição da categoria será informada posteriormente, após a reunião.

De acordo com Aldo Lima, líder da oposição 'Rodoviária O Guará', a paralisação deve acontecer até mesmo com a decisão contrária do sindicato. "Estamos nos organizando. Toda categoria ou, pelo menos 90% dela, está de acordo com a paralisação", argumentou. Ainda segundo o oposicionista, o grupo está realizando visitas às garagens das empresas para convocar os profissionais para paralisarem as atividades nesta sexta-feira.

Aldo, entretanto, reconhece a dificuldade em mobilizar toda categoria sem o apoio do sindicato oficial. Segundo ele, apesar de a maioria dos profissionais ser contra a reforma da Previdência, muitos não têm medo de "sofrer represálias" por parte dos donos das empresas. "Nós trabalhamos com plano A, B e C. Se não conseguirmos parar os carros na garagem, os profissionais vão se manifestar de alguma forma", explicou.

Metroviários

Diferentemente dos rodoviários, os metroviários de Pernambuco confirmaram a adesão à greve geral. Com isso, os profissionais anunciaram que paralisarão os trabalhos por 24h, com início a partir da 0h da sexta-feira (14).

A reportagem do JC entrou em contato com a Companhia Brasileira de trens Urbanos do Recife (CBTU) e questionou se a paralisação será geral ou se haverá esquema especial em horários de pico. Até a publicação dessa matéria, a CBTU não nos deu retorno.

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