Protesto

Grupo simula sangue em local de atropelamento de cadeirante na Agamenon

Segundo os ativistas, a utilização de tinta vermelha tem como objetivo simbolizar o "rastro de sangue, invisível nas estatísticas, das centenas de pessoas que morrem no trânsito" todos os anos

JC Online
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Publicado em 21/06/2019 às 10:37
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Segundo os ativistas, a utilização de tinta vermelha tem como objetivo simbolizar o "rastro de sangue, invisível nas estatísticas, das centenas de pessoas que morrem no trânsito" todos os anos - FOTO: Foto: Divulgação
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Um grupo de ativistas realizou uma intervenção urbana na Avenida Agamenon Magalhães, no Bairro do Derby, Centro do Recife, na manhã desta sexta-feira (21). Pintando um trecho da via de vermelho, no cruzamento com a Rua Paissandu, os manifestantes alertam para o alto número de acidentes de trânsito na cidade. Esse mesmo trecho foi cenário de um atropelamento brutal de uma cadeirante, que atravessava na faixa de pedestres, quando foi atingida por um carro que avançou o sinal vermelho.

Segundo os ativistas, a utilização de tinta vermelha tem como objetivo simbolizar o "rastro de sangue, invisível nas estatísticas, das centenas de pessoas que morrem no trânsito" todos os anos. Ainda de acordo com o grupo, na cidade existe uma ideia de que o espaço viário não contempla os pedestres, que são "tratados como intrusos".

O grupo ainda criticou os agentes públicos que "brigam" pelas retiradas dos radares de velocidade. Ainda segundo eles, a retirada dos equipamentos irá aumentar o número de acidentes de trânsito.

O que diz o Código de Trânsito

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê, em seu Art.29, que os veículos de maior porte "são responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres". Portanto, segundo o CTB, os motoristas de carros, ônibus e demais veículos motorizados ou não motorizados são diretamente responsáveis pela segurança do pedestre.

O CTB afirma que é de competência das entidades executivas rodoviárias dos governos federais, estaduais e municipais "planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos". Além disso, o estatuto prevê que também é da competência destes mesmos órgão promover o desenvolvimento da circulação e "a segurança dos pedestres".

A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) é o órgão responsável pelo planejamento do tráfego da cidade do Recife. Em entrevista recente ao Jornal do Commercio, Taciana Ferreira, presidente do órgão, alegou que todo planejamento é feito de acordo com o regulamento do CTB e que o trânsito da cidade é projetado visando o pedestre e os ciclistas.

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