Após ser palco de um protesto que durou quase 12 horas nessa quarta-feira (12), a Avenida Governador Agamenon Magalhães, na área central do Recife, tem trânsito intenso, porém sem retenções na manhã desta quinta-feira (13).
Essa quarta-feira foi o oitavo dia de protestos dos técnicos e auxiliares em enfermagem em frente ao Hospital da Restauração, no bairro do Derby. Os profissionais da área da saúde continuaram a reivindicar melhores condições de trabalho e aumento do salário base, que atualmente é de R$ 774,82.
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Congestionamentos
A Avenida Governador Agamenon Magalhães é um dos principais corredores do trânsito da capital pernambucana e teve sua faixa no sentido Boa Viagem interditada das 8h30 até as 20h11 da quarta, o que rendeu para o Recife um trânsito quilométrico e diversas vias congestionadas em consequência do bloqueio da avenida.
A pista foi liberada após a chegada do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Pernambuco. De acordo com o Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), o presidente do grupo, Francis Herbert, foi levado pela PM para a delegacia. Durante o protesto, agentes da Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU) estiveram no local para auxiliar os motoristas, que desviavam pela Rua Joaquim Nabuco.
Opiniões divididas
Ao longo de toda a tarde, as opiniões dos que passavam pela Avenida Governador Agamenon Magalhães estavam divididas. Houve quem apoiou a manifestação, alegando o direito dos profissionais, e houve quem discordou da forma como o protesto foi feito. “Isso é um absurdo”, gritou um pedestre que passava pela via e tentou arrancar os cartazes das mãos dos profissionais. Apesar da exaltação do pedestre, a Polícia Militar, que acompanhou o protesto durante todo o dia, não precisou intervir.
Para o motorista de ônibus Carlos André, um percurso de ida e volta [Olinda até o Terminal Integrado da Joana Bezerra] que tem duração de duas horas, hoje ultrapassou as três horas e meia. Além disso, quem estava a caminho do trabalho também não conseguiu escapar do engarrafamento. “Eu geralmente levo quarenta minutos para chegar ao trabalho e hoje vou levar mais de uma hora e meia. Fui muito prejudicado”, comentou o gestor de empresas Marcos Veríssimo.