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Após 112 dias de greve, alunos da UFPE voltam às aulas

Representantes da Associação dos Docentes (Adufepe) ressaltam que as aulas ministradas antes da paralisação não perderão validade

Do JC Online
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Publicado em 17/09/2012 às 7:35
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Representantes da Associação dos Docentes (Adufepe) ressaltam que as aulas ministradas antes da paralisação não perderão validade - FOTO: Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem
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Os 26 mil alunos da graduação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) voltam às aulas hoje, após uma greve que durou 112 dias. Os estudantes das Universidades Federal Rural (UFRPE) e Federal do Vale do São Francisco (Univasf) esperam o resultado de assembleias dos professores em greve para saber quando retomam as atividades. Nessas duas instituições, a paralisação dura quatro meses. A UFPE encerrou o movimento no dia 5 e o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão aprovou um novo calendário.

A assembleia da Rural será hoje às 9h30, no auditório da Associação dos Docentes da UFRPE, em Dois Irmãos. Os professores da Univasf se reúnem amanhã.

Na UFPE, representantes da Associação dos Docentes (Adufepe) ressaltam que as aulas ministradas antes da paralisação não perderão validade. “Vamos repor de onde paramos, temos esse compromisso com os alunos. Claro que interromper o trabalho é ruim para todo mundo, mas é o custo da greve”, contemporiza o presidente da Adufepe, José Luís Simões.

Universitários que deveriam se formar em dezembro só concluem o curso após 29 de abril de 2013, data estipulada pela UFPE como o fim do ano letivo de 2012. Alunos como Renata Araújo, do curso de letras, esperam obter informações mais seguras sobre a colação de grau e como as mudanças afetarão seu futuro profissional.

“Temos que adiar nossa formatura, mas isso não é o maior problema. Como seremos professores, vamos perder o período em que as escolas abrem seleção de novos profissionais. Além disso, quem quer fazer pós-graduação também vai se atrasar”, lamenta.

Segundo a pró-reitora acadêmica da UFPE, Ana Cabral, serão necessários dois anos para que o calendário seja ajustado. Ela calcula que só em 2015 os semestres letivos voltarão à normalidade.

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