Urbanismo

Projeto no Facebook mostra locais com fiação exposta na RMR

Recife por 1 fio está recrutando internautas para postar fotos de fios soltos que trazem risco à população

Do JC Online
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Do JC Online
Publicado em 15/10/2015 às 7:45
Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Fios soltos pelas calçadas ou pendurados nos postes. Cabos de companhias telefônicas e de eletricidade pairando sobre pedestres na Região Metropolitana do Recife (RMR). A morte do aposentado José Luiz Francisco Xavier, 67 anos, vítima de uma descarga elétrica provocada por um fio de alta tensão na última segunda-feira (12) no bairro de Vila Rica, em Jaboatão dos Guararapes, estampa o perigo que virou a rede elétrica para a segurança dos cidadãos. Para chamar atenção para o problema, o projeto “Recife por 1 Fio”, com perfis no Instagram e Facebook, está recrutando internautas para participar da criação de um mapa do perigo com fotos de fios soltos pela RMR.

Através da hastag #recifepor1fio, os internautas denunciam locais como Casa Amarela, Boa Viagem, Graças e Torre e colaboram com o mapa. “Nosso objetivo é alertar os pedestres, pedir mais segurança e cobrar melhorias, o que fazemos marcando os perfis de órgãos como a Celpe e prefeituras. Temos visto vários casos de mortes e acidentes envolvendo a fiação elétrica no Grande Recife e isso gerou uma inquietação em mim. Foi desse sentimento que surgiu o projeto. Depois de tantas mortes e acidentes, até quando teremos que conviver com esses problemas?”, indaga a criadora da página, que prefere não se identificar.

Metros e mais metros de cabos se emaranham em postes do Grande Recife. Os fios de eletricidade, telefonia, televisão, se misturam às ligações clandestinas. No bairro de Santo Antônio, no Centro da capital, as pontas da fiação ficam soltas, no chão e perto da cabeça das pessoas. E boa parte dos transeuntes não sabem qual desses cabos trazem o risco de um choque, curto circuito ou incêndio. “Todos os fios deveriam ser subterrâneos, do jeito que está eles representam perigo à população. A maioria das pessoas não tem condições de identificar qual fio passa corrente”, comenta o advogado José Paiva, 60.

Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
Projeto nas redes sociais vai mostrar os fios expostos no Grande Recife e propor soluções - Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Projeto nas redes sociais vai mostrar os fios expostos no Grande Recife e propor soluções - Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Projeto nas redes sociais vai mostrar os fios expostos no Grande Recife e propor soluções - Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Número alto de acidentes com fios soltos motivou criação de projeto que utiliza as redes sociais - Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Número alto de acidentes com fios soltos motivou criação de projeto que utiliza as redes sociais - Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Quantidade de fios no Recife, além de deixar a cidade feia, pode provocar acidentes - Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Quantidade de fios no Recife, além de deixar a cidade feia, pode provocar acidentes - Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Quantidade de fios no Recife, além de deixar a cidade feia, pode provocar acidentes - Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Quantidade de fios no Recife, além de deixar a cidade feia, pode provocar acidentes - Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Número alto de acidentes com fios soltos motivou criação de projeto que utiliza as redes sociais - Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Número alto de acidentes com fios soltos motivou criação de projeto que utiliza as redes sociais - Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Projeto nas redes sociais vai mostrar os fios expostos no Grande Recife e propor soluções - Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Projeto nas redes sociais vai mostrar os fios expostos no Grande Recife e propor soluções - Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Projeto nas redes sociais vai mostrar os fios expostos no Grande Recife e propor soluções - Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Número alto de acidentes com fios soltos motivou criação de projeto que utiliza as redes sociais - Foto: Fernando da Hora/JC Imagem

 

O emaranhando de fios que se amontoam nos postes também causa poluição visual. “No Sítio Histórico de Olinda os fios foram embutidos, transformando a paisagem, e essa experiência deveria ser multiplicada. No Centro do Recife, os fios cobrem os casarões históricos e escondem a beleza da cidade. Nós precisamos de um reforço de fiscalização e de uma limpeza na fiação para termos cidades mais bonitas e com menos risco de acidentes”, defende a administradora da página.

Trabalhando no Bairro do Recife, rodeado de postes cobertos de fios, o vendedor Matheus Nunes, 20, acredita que iniciativas como a do “Recife por 1 fio” podem transformar a cidade. “O Recife é uma cidade turística, mas é preciso cobrar para que sejam realizados trabalhos de fiscalização e conscientização da população sobre os riscos das gambiarras”, completa.

Leia mais na edição de Cidades desta quinta-feira (15)

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