UTI

Morre uma bebê dos quadrigêmeos

Segundo a Secretaria de Saúde de Estado, a bebê Maria Júlia apresentou problemas cardiorrespiratórios. Os outros três irmãos já saíram da UTI Neonatal e estão no alojamento Canguru do hospital.

Amanda Duarte
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Amanda Duarte
Publicado em 17/11/2015 às 9:16
Foto: Acervo pessoal
Segundo a Secretaria de Saúde de Estado, a bebê Maria Júlia apresentou problemas cardiorrespiratórios. Os outros três irmãos já saíram da UTI Neonatal e estão no alojamento Canguru do hospital. - FOTO: Foto: Acervo pessoal
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Um dos quadrigêmeos que nasceram no início de outubro no Hospital Agamenon Magalhães (HAM), Zona Norte do Recife, morreu no último dia 27. Segundo a Secretaria de Saúde de Estado, a bebê Maria Júlia apresentou problemas cardiorrespiratórios. Os outros três irmãos já saíram da UTI Neonatal, onde foram internados logo após o nascimento, e estão no alojamento Canguru do hospital. O caso chamou a atenção pelo fato de os quadrigêmeos nascerem sem o auxílio da inseminação artificial e serem de óvulos distintos, casos raros na medicina.

"Desde que Maria Júlia nasceu, a saúde dela sempre foi mais complicada que a dois irmãos. Ela teve uma parada cardíaca logo nos primeiros dias, mas os médicos conseguiram reanimar", lembra a tia das crianças, Lucilene Mendonça, irmã da mãe, Leandra Mendonça da Silva, 23 anos. Maria Júlia também precisou ficar entubada pois tinha dificuldades para respirar. "Ela passou por muita coisa, uma veia na cabeça dilatou e ela também tinha acúmulo de líquido no cérebro".

"Foi um momento muito difícil para a família, mas Leandra tem que pensar nos outros três, arrumar força neles para seguir em frente", continua Lucilene. O primeiro a sair da UTI Neonatal há pouco mais de um mês foi o único menino, Jhonata Davi, após ganhar peso e estabilizar a saúde. Logo depois, Isabella Beatriz foi encaminhada ao alojamento Canguru, seguida por Laila Thaís.

A tia acredita que os bebês receberão alta antes do Natal. Eles vão voltar para uma casa humilde, no quintal da residência dos avós, em Caueiras, povoado de Aliança, na Zona da Mata. E é isso que está deixando a família preocupada. "A casa é muito pequena, não tem estrutura para todos eles", diz Lucilene. Ela afirma que estão reservando um quarto na casa da sogra para Leandra ficar. "Mas não têm condições de eles ficarem lá até crescerem".

A família pensa agora em alugar uma casa ou comprar um terreno no povoado, que custa R$ 15 mil. O dinheiro vai além dos rendimentos do pai, José Dácio da Silva Lira, 22 anos, que recebe um salário mínimo por mês. A mãe está desempregada. "Pedimos ajuda para comprar o terreno, porque em vez de pagar R$300 de aluguel, já podemos ir pagando o material de construção. Temos dois pedreiros na família, eles podem ajudar", comenta a tia.

Os bebês também precisam de fralda, leite, roupinhas e algodão. Como eles ainda não podem tomar banho na banheira, precisam ser molhados com algodão umidecido. A tia também pede bebês conforto, para auxiliar a mãe nas viagens de Aliança para o Recife, já que os recém-nascidos vão ficar durante um ano tendo acompanhamento médico.

Os interessados em ajudar podem entrar em contato pelos telefones (81) 9 9364 1828 (José Dácio, pai) ou 9 9443 9493 (Leandra, mãe). A conta para depósito está em nome de Lucilene Mendonça da Silva (tia). Agência 3484, conta 0000.6207 - 6. Código de operação 013.

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