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Decorador acusado de dar calote em 50 casais de noivos culpa crise financeira do País

Somados, valores perdidos em contratos podem chegar a R$ 600 mil

JC Online
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Publicado em 14/11/2016 às 19:00
Fotos: Ricardo B. Labastier
Somados, valores perdidos em contratos podem chegar a R$ 600 mil - FOTO: Fotos: Ricardo B. Labastier
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O decorador Cleytson Pereira, acusado de dar um calote em cerca de 50 casais de noivos que o tinham contratado para fazer a decoração dos casamentos, afirmou que não pôde realizar os serviços devido a crise econômica no Brasil.

Em entrevista concedida por telefone à Rede Globo, na manhã desta segunda (14), no escritório dos advogados que o representam, no bairro da Ilha do Leite, na área central do Recife, ele disse que não é um criminoso e pretende devolver o dinheiro recebido e honrar os demais compromissos. 

"A gente fez todo o esforço para realizar esses eventos. Infelizmente, a gente não conseguiu. Minha empresa foi atingida, assim como muitas outras", declarou ele, que atua na área há cerca de 10 anos.

O profissional afirmou ainda que pretende ressarcir os casais e se apresentar à polícia, mas disse que não tem como precisar como e nem quando isso será feito.

"Eu não estou escondido, eu não sou bandido, estelionatário, ladrão. Sou apenas um microempresário. E por causa dos percalços do país, da vida, talvez por algumas tomadas de decisões erradas, eu estou nessa situação. A gente vai sentar, conversar e entrar em um acordo. A gente não está à revelia do que está acontecendo", informou.

Ainda segundo ele, os problemas financeiros da empresa vêm se acumulando há meses e, por isso, os pagamentos efetuados teriam sido usados para "dar andamento ao funcionamento da empresa e à realização de eventos". 

Investigações

Apesar da justificativa, o empresário está sendo acusado por algumas noivas de ter fechado acordos  na mesma semana em que enviou um e-mail comunicando suposta falência de sua empresa. Os noivos souberam que a empresa não prestaria os serviços contratados através de um comunicado enviado a alguns clientes por advogados. Depois disso, o empresário não foi mais encontrado. A estimativa é que os prejuízos somados possam chegar a R$ 600 mil.  O caso será investigado pela Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. 

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