Inquérito

Auditor agiu em legítima defesa, conclui Polícia Civil

Caso foi encerrado nesta quarta-feira (11). DHPP vai pedir arquivamento do caso ao Ministério Público

Do JC Online
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Publicado em 11/04/2012 às 11:57
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Caso foi encerrado nesta quarta-feira (11). DHPP vai pedir arquivamento do caso ao Ministério Público - FOTO: Foto: Clemilson Campos / JC Imagem
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A Polícia Civil concluiu o inquérito do caso do estudante universitário Hebert Lucas Abreu Mendes, 22 anos, que tentou assassinar a própria irmã e depois espancou Arlete de Souza Negrão, 64, até a morte no dia 18 de fevereiro, em condomínio no bairro do Parnamirim, Zona Norte do Recife. O estudante foi morto pelo um auditor fiscal da Receita Estadual João Francisco Lima Cruz.

Se estivesse vivo, Hebert Lucas seria indiciado por homicídio e tentativa de homicídio. O auditor fiscal não será autuado porque a polícia interpretou que ele agiu em legítima defesa, depois que o jovem invadiu o apartamento dele e tentou matá-lo.

Os detalhes da investigação foram apresentados na manhã desta quarta-feira (11) pelo delegado Francisco Diógenes, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que deve pedir ao Ministério Público da Justiça o arquivamento do caso.

ENTENDA O CASO - A idosa Arlete Souza Negrão, de 64 anos, que foi atacada a facadas na noite de 18 de fevereito, pelo seu vizinho, o universitário Herbert Lucas de Abreu Mendes, de 22 anos, não resistiu a gravidade dos ferimentos e faleceu por volta das 5h30 do dia seguinte, no Hospital Português, no Recife. A idosa foi agredida dentro do seu apartamento, no bairro do Parnamirim, no Recife, que foi invadido pelo jovem. Além de esfaquear Arlete, o jovem também atacou a irmã dele. Herbert Lucas acabou sendo morto a tiro por um outro vizinho.

Herbert Lucas de Abreu Mendes chegou ao edifício onde morava, o Maison Chagall, localizado na Rua Guedes Pereira, próximo ao Hospital Agamenon Magalhães, sem roupa e, ao invés de pedir para o funcionário do condomínio abrir o portão, preferiu pular o muro do prédio.

Morador do apartamento 203, o jovem depois pegou uma faca e atacou a irmã, Surana Abreu Mendes, 18, dentro de casa. Descontrolado e aparentando ter consumido algum tipo de droga, Herbert depois se dirigiu para o apartamento vizinho, o 204, e esfaqueou Arlete, 64. Ainda violento, o jovem só parou quando tentou invadir o apartamento 403.

O morador do imóvel, o auditor fiscal João Francisco Lima Cruz, pegou uma arma e disparou. Ferido no peito, o jovem ainda foi encaminhado ao Agamenon Magalhães e depois transferido para o Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central da cidade. Mas não resistiu aos ferimentos.

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