A causa da morte do jovem Wilson Maurício de Saraiva, que morreu após supostamente ter tomado o estimulante Jack3D em maio de 2011, foi apontada pelo Instituto de Medicina Legal e pelo Instituto de Criminalística (IC) como indeterminada. O DHPP divulgou nesta quinta (25) a conclusão do inquérito de indiciamento de José Dorgival Cavancanti Júnior, estagiário da academia que forneceu Jack3D a Wilson. Ele responderá por crime de relação de consumo e saúde publica, e não por homicídio, podendo pegar de 3 a 8 anos de prisão.
"Não tenho como indiciá-lo pelo crime de homicídio, pois o médico legista não conseguiu identificar a substância no corpo de Wilson. Apesar das testemunhas, eu só posso trabalhar em cima de provas", disse Gleide Ângelo, delegada responsável pelo caso.
O médico legista e chefe do laboratório do IC, Gilberto Pacheco, disse que os exames histopatológicos e toxicológicos não conseguiram identificar a substância no corpo porque o laboratório possui a tecnologia necessária para achar a substância, que se transforma em um composto químico, mas não tem a metodogia, ou seja, a equipe não consegue identificar a transformação da dimethylamylamine (DMAA) dentro do corpo.
Gleide Ângelo fez questão de reforçar que a substância que matou Wilson entrou em julho deste ano na lista de entorpecentes. "Se a morte tivesse acontecido agora, José Dorgival responderia por tráfico de entorpecentes."
A família de Wilson diz que José Dorgival continua trabalhando como instrutor em aulas da academia. A mãe, Marcelle Rhiva Sampaio, disse que não vai desistir de buscar a causa da morte do filho, que juridicamente está como ignorada.