manifestação

Jovem encontrado morto será homenageado neste sábado

Concentração será a partir das 9h, na Praia de Boa Viagem, Zona Sul, em frente à pracinha. De lá, os manifestantes seguirão em passeata pela Avenida Boa Viagem

Do JC Online
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Publicado em 11/01/2013 às 21:18
Foto: Michele Souza/JC Imagem
Concentração será a partir das 9h, na Praia de Boa Viagem, Zona Sul, em frente à pracinha. De lá, os manifestantes seguirão em passeata pela Avenida Boa Viagem - FOTO: Foto: Michele Souza/JC Imagem
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A polícia vai investigar se houve tratamento inadequado dos servidores do Instituto de Medicina Legal (IML) com a família de Raimundo Matias Dantas Neto, como foi denunciado. O jovem foi encontrado morto na Praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no último dia 4. O corregedor-geral em exercício da Secretaria de Defesa Social (SDS), delegado Paulo Barbosa, abriu sindicância para apurar o caso. Quinta-feira, durante a missa de 7º dia, familiares e amigos anunciaram que um novo protesto cobrando justiça será realizado neste sábado. A concentração será a partir das 9h, na Praia de Boa Viagem, Zona Sul, em frente à pracinha. De lá, os manifestantes seguirão em passeata pela Avenida Boa Viagem. Na sexta (11), em nota, o Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop), ONG que atua na área de de direitos humanos, encaminhou pedido de providências à Organização das Nações Unidas (ONU). O órgão acredita que existem fortes indícios de crime motivado por questões raciais.

Uma das irmãs de Samambaia, Marta Matias, e um irmão, José Matias, estiveram durante ontem na Corregedoria da SDS, na Boa Vista, Centro do Recife, prestando depoimento sobre os maus-tratos que teriam recebido da equipe do IML.

Desde que o corpo do estudante foi encontrado, uma rede de solidariedade foi formada por amigos de Samambaia e estudantes da UFPE, para cobrar que os mistérios em torno da morte sejam desvendados.

No início da semana, o grupo pediu apoio ao reitor da UFPE, Anísio Brasileiro. Na quarta-feira, foi a vez de se reunirem com três promotores do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para garantir que a instituição acompanhe de perto as investigações da polícia.

“Os amigos do estudante fizeram com que esse não fosse apenas mais um crime contra negro que fica sem investigação. É importante cobrar das autoridades para que casos assim não se repitam”, enfatizou Liana Lewis, integrante do grupo e professora do curso de ciências sociais da UFPE.

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