caso birosca

Jovens acusados de atirar em músico na saída de boate são indiciados

Crime ocorreu em agosto deste ano, após dupla se envolver em confusão com seguranças do bar

Da editoria de Cidades
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Publicado em 05/10/2015 às 10:45
Foto: Valéria Oliveira/JC
Crime ocorreu em agosto deste ano, após dupla se envolver em confusão com seguranças do bar - FOTO: Foto: Valéria Oliveira/JC
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Dois jovens de classe média alta foram indiciados por tentativa de homicídio qualificado na conclusão do inquérito do caso Birosca, apresentado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na manhã desta segunda-feira (5). Identificados como Victor Tavares Henrique da Silva, 22 anos, e Marco Antônio Viraes Avelino, 22, a dupla é acusada de efetuar o disparo que atingiu o músico da banda John Geração, Jonattas Henrique Alves Fragoso, 26, em agosto deste ano, na saída da boate.

De acordo com o delegado Alfredo Jorge, responsável pelas investigações, os suspeitos chegaram ao bar, localizado na Ilha do Leite, área central do Recife, por volta de 1h e teriam se envolvido em uma confusão. "A informação é de que eles estariam mexendo com uma mulher comprometida e também estavam jogando cubos de gelo contra a banda que se apresentava", contou. Ainda segundo o investigador, a dupla foi expulsa do estabelecimento por seguranças do local. "Eles ameaçaram os seguranças, afirmando que iriam no carro pegar uma arma", afirmou Alfredo Jorge.

Contrariados, os dois teriam pego um veículo, modelo Land Rover Evoque, dado a volta no bar e, em seguida, efetuado dois disparos contra um grupo de pessoas. Um dos tiros atingiu o tecladista da banda John Geração, que se apresentava no local no dia do ocorrido. Jonattas Alves foi baleado no abdôme. Ele passou por cirurgia e ainda se recupera da lesão.

A arma utilizada no crime, uma pistola calibre 380, não foi encontrada pela polícia. "Em depoimento, o Vitinho afirmou que teria se desfeito da arma na Serra das Russas, quando seguia com destino à cidade de Gravatá", comentou o delegado.

O inquérito policial também apurou que Victor Tavares, conhecido como Vitinho Love, já tinha histórico de confusões em casas noturnas da cidade. "Em alguns estabelecimentos, a entrada dele já não é mais permitida", informou Alfredo Jorge. O jovem é filho de empresário do ramo de concessionárias na cidade.

A dupla acusada de cometer o crime responderá ao processo em liberdade por não possuir antecedentes criminais. No entanto, a prisão preventiva ainda pode ser solicitada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O inquérito policial já foi remetido à Justiça. Se condenados, podem pegar de 12 a 30 anos de reclusão.

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