Leia Também
O Fórum Rodolfo Aureliano, que fica no bairro de Joana Bezerra, na área central do Recife, recebe hoje o segundo dia do julgamento do Caso Jota Cândido. O radialista e vereador foi executado em julho de 2005, com mais de 20 tiros, em Carpina, Zona da Mata Norte do Estado.
No banco dos réus, estão os ex-policiais militares: Edilson Soares Rodrigues, Tairone César da Silva Pereira e André Luiz Carvalho, além de Jorge José da Silva. Eles respondem por homicídio duplamente qualificado.
O primeiro dia do julgamento terminou com a apresentação dos argumentos da defensora pública Tereza Joacy, advogada de Jorge José Da Silva. Ela acredita na absolvição dos réus.
Nesta quinta-feira, o juiz Jorge Luiz dos Santos Henriques vai dar prosseguimento aos debates com réplica e tréplica entre a defesa e a acusação. Na sequência, os jurados vão decidir pelo resultado final do julgamento, que deve ser divulgado à tarde.
O promotor de Justiça Roberto Brayner acredita que há indícios de que os réus sejam condenados. De acordo com ele, a pena pode chegar a 30 anos de prisão.
O caso
Jota Cândido foi morto a tiros, no dia 1º de julho de 2005, dentro do carro quando chegava para o trabalho na Rádio Alternativa. Ele era autor de um projeto contra o nepotismo, favorecimento de parentes de políticos na ocupação de cargos públicos. A filha do radialista, Carol Cândido, acredita na motivação política para o homicídio.
De acordo com ela, o vereador já havia sofrido um atentado. Ao escapar, ele teria afirmado que a tentativa foi efetuada por pessoas ligadas à prefeitura.