Agreste

PF desarticula grupo suspeito de envolvimento com rinhas de galo em Gravatá

Galpão onde as brigas aconteciam era de um oficial da Polícia Militar. No local, 130 pessoas e 160 galos foram encontrados

Do JC Online
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Publicado em 18/03/2016 às 7:23
Foto: Divulgação/ Polícia Federal
Galpão onde as brigas aconteciam era de um oficial da Polícia Militar. No local, 130 pessoas e 160 galos foram encontrados - FOTO: Foto: Divulgação/ Polícia Federal
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Após três meses de investigação, a Polícia Federal de Pernambuco desarticulou nesta quinta-feira (17) um grupo suspeito de envolvimento com rinhas de galo na cidade de Gravatá, no Agreste de Pernambuco. De acordo com a polícia, o galpão onde os animais eram colocados para brigar e as apostas aconteciam, no Loteamento Santana, era de um oficial da Polícia Militar e a segurança era feita por outros militares. Na operação, que contou com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 130 pessoas foram encontradas no local, chamado de 'Clube Pena Forte'.

Ainda segundo a polícia, a área, onde cerca de 160 galos de propriedade do oficial da PM foram apreendidos, dispunha de uma estrutura com ar condicionado, cadeiras para os espectadores, sistema de som e televisão, além da venda de lanche e acessórios para os galos e apostadores. "Nos consideramos que esta é uma das maiores rinhas do Estado. Além dos maus tratos aos animais, eles movimentavam uma grande quantia de dinheiro", explica Giovani Santoro, chefe de comunicação da Polícia Federal. Os prêmios recebidos nos campeonatos de rinhas de galo promovidos pelo Clube Pena Forte variavam de R$ 1.500 a 20 mil para o galo campeão e de R$ 500 a R$ 10 mil para o tratador do animal.

Das 130 pessoas encontradas no galpão, 120 foram revistadas e liberadas, por falta de provas para prisão em flagrante, e as outras 10 receberam multas no valor de R$ 3 mil reais por animal. Enquanto isso, o oficial recebeu multa no valor de R$ 500 reais por animais. Caso tais multas não sejam pagas, os nomes dessas pessoas serão negativado no SPC e SERASA, impossibilitando várias transações comerciais e financeiras. Já o cabo e o soldado que faziam a segurança armada tiveram os dados recolhidos para futura averiguação de possíveis irregulares disciplinares no âmbito da corregedoria. 

Eles foram autuados através de um Termo Circunstanciado de Ocorrência pelas práticas de ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais domésticos, e vão responder ao processo em liberdade. Caso condenados, eles poderão pegar penas que variam de três meses a um ano de reclusão, além de multa. 

O galpão era conhecido como 'Clube Pena Forte'. Foto: Divulgação/ Polícia Federal

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