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Uninassau desliga professor universitário acusado pela ex-companheira de agressão

O docente coordendou o curso o curso de comunicação em 2014 e atualmente lecionava nas graduações de jornalismo e publicidade da entidade

Do JC Online
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Publicado em 21/03/2016 às 18:30
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O docente coordendou o curso o curso de comunicação em 2014 e atualmente lecionava nas graduações de jornalismo e publicidade da entidade - FOTO: Reprodução Facebook
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O Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau) informou, nesta segunda-feira (21), por meio de nota à impressa, o desligamento do professor universitário Thiago Ianatoni, acusado de agressão pela ex-companheira, Candice Dantas, 29 anos. O caso repercutiu nas redes sociais após a vítima relatar, pelo Facebook, as agressões sofridas por ela, no último sábado (19). O profissional coordendou o curso o curso de comunicação em 2014 e atualmente leciona nas graduações de jornalismo e publicidade.

Cerca de 50 estudantes da instituição realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (21) para apoiar Candice. A manifestação aconteceu em frente ao bloco B da Nassau, no bairro do Derby, área central do Recife. Os estudantes, vestidos de camisas prestas e rosas, pediram a demissão do docente da faculdade, que foi atendida no final do dia.



Em entrevista ao JC, uma das alunas falou sobre a manifestação. "Não concordamos com nenhum tipo de agressão, sobretudo a mulheres. O professor Thiago sempre disse piadas machistas durante as aulas. Pensamos nesse ato para repudiar o que ele fez e apoiar sua ex-companheira", afirmou Lígia Sarmento, 22 anos, aluna do 5º período de publicidade e uma das organizadoras do protesto. 

 



Na manhã desta segunda-feira (21), o centro universitário tinha optado por afastar o professor das atividades, mas, no final do dia, decidiu pelo desligamento do profissional. 

Leia a nota na íntegra:

A UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau informa que, após a instauração de uma Comissão de Sindicância para apurar o ocorrido com o professor Thiago Ianatoni, e seguindo os regimentos dispostos em seu Código de Ética, decidiu pelo desligamento do docente da Instituição. 

Ressaltamos que a UNINASSAU não compactua ou tolera quaisquer tipos de violência, seja ela verbal, física ou psicológica, e que irá apurar todas as denúncias efetuadas através da nossa ouvidoria e fale conosco e as notícias divulgadas pela imprensa envolvendo nossos discentes e docentes, tomando as medidas cabíveis e necessárias a cada caso.

AGRESSÃO - No seu relato no Facebook, Candice contou que, ao chegar na residência onde morava com o ex-companheiro, foi surpreendida pela presença de outra mulher que estava no quarto do casal. Logo em seguida, o suspeito se aproximou e deu início às agressões. Segundo relato, a jornalista teria sido jogada da escada, depois recebeu chutes e puxões de cabelo.

“Não estou aqui para denegrir ninguém, apenas quero tornar público o que aconteceu comigo. Não quero que nenhuma mulher passe pelo que eu passei”, afirmou a jornalista recifense. Várias fotos das marcas das agressões sofridas também foram disponiblizadas por ela. Em poucas horas, a postagem ganhou centenas de compartilhamentos. O caso será investigado pela Delegacia da Mulher, localizada na capital pernambucana.

DEFESA - A defesa do professor universitário Thiago Ianatoni encaminhou à imprensa nota oficial sobre o caso na tarde desta segunda-feira. 

Leia na íntegra a nota oficial da defesa do professor:

“Por intermédio da presente nota, esclarece-se que até o presente momento o senhor Thiago Ianatoni não foi formalmente intimado dos termos do Boletim de Ocorrência n. 16E0318001113, prestado perante a Primeira Delegacia de Polícia Civil da Mulher do Recife, pela senhora Candice Dantas. Tanto o registro da ocorrência, quanto o que fora publicado nos veículos de comunicação e rede sociais serão objeto de apuração e esclarecimento perante as autoridades públicas competentes. Confia-se, inclusive, que isto seja feito. O senhor Thiago foi ‘condenado’ a partir do registro de um boletim de ocorrência, o qual, em tese, deveria servir como base, apenas e tão somente para o início das investigações. Entretanto, um procedimento policial, o qual deveria ser desenvolvido sob o manto da sigilosidade, para preservação da intimidade das partes envolvidas foi tornado público de forma inadvertida por uma das partes em tese interessada. Ora, não houve um processo criminal com sentença condenatória; não houve uma denúncia (acusação pública) formulada contra ele; não houve um indiciamento; não houve um interrogatório. Aliás, repita-se, não houve sequer a intimação de Thiago para prestar esclarecimentos sobre o fato. Alguém já parou para pensar, ainda que por um instante que seja, que se os termos do boletim de ocorrência não forem verdadeiros, o estrago à imagem do senhor Thiago já foi consolidado? Por isto, quanto aos fatos, injustamente atribuídos ao senhor Thiago Ianatoni e irresponsavelmente publicados, os quais expõem indevidamente sua imagem e a de seus familiares, certamente, serão objeto de igual análise e de adoção de providências legais. Encerra-se, afirmando que o maior interessado nesta história, no tocante ao seu esclarecimento, é o próprio Thiago Ianatoni, o qual já foi hostilizado socialmente, teve seu nome, sua imagem e a de seus familiares expostos de forma inadvertida, sem sequer ser ouvido.”

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