Na tarde deste domingo (26), por volta das 16h, o empresário Carlos Eduardo Balbinot, de 58 anos, foi abordado de forma violenta no bairro de Joana Bezerra. Dois suspeitos se aproximaram do veículo em que o homem estava com um filho e uma prima, e, após a passagem de um ônibus, fecharam a passagem para ele com arma em pulso pedindo os pertences da família.
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As cenas filmadas por uma câmera de vigilância, colocada no carro pelo empresário, captam o momento exato do assalto. Mesmo com a cooperação dos passageiros, os assaltantes são extremamentes violentos e gritam durante toda a ação. Cenas que assustam, mas que são retratos reais da insegurança que o pernambucano vem encontrando nas ruas do Estado.
Segundo Carlos Eduardo Balbinot não houve nenhum tipo de resistência, mesmo assim, isso não impediu os assaltantes de quebrarem o vidro e darem um soco no porta malas. “Eles foram muito agressivos, quebraram o vidro do carro. Mesmo após levar bolsa e celulares, bateu forte no porta mala, ficou a marca”, disse.
O empresário explicou que aquela não é sua rota usual e que não costuma passar por ali. A via, bem próxima do Forúm de Justiça do Recife e leva até o Terminal Integrado de Joana Bezerra . Conforme o empresário, ele vinha da Ilha do Retiro, onde foi buscar o filho, e seguia para Candeias, onde mora, quando errou o caminho. “Eu não sei andar por aqui direito, errei a saída e acabei entrando ali”, disse.
Carlos relatou que antes de subir o viaduto da Beira Rio, percebeu que seis policiais da cavalaria faziam a ronda do local. “Não tenho hábito de não sair no Carnaval, extamente porque já fui assaltado, mas fui buscar o meu filho de 18 anos estava na casa de um amigo ali do lado do Sport”, disse. Para ele, o trauma que fica é muito grande,.
Sobre o trauma, o empresário contou que o filho ficou tenso durante todo o assalto. “O meu filho, na hora, ele travou. Deu uma bolsa, mas ficou tão paralisado que não deu o celular. Situação bem complicada”, disse.
Carlos, que tem dupla cidadania, informou que pensa em deixar o país. Para ele, a insegurança já utrapassou o aceitável. “Tá na hora de alguém tomar uma providência. Eu penso em morar fora, porque não adianta você ter uma boa vida aqui se não há segurança, você pode ver, mesmo a gente dando tudo sem resistir, eles estavam muito agressivos. Não havia necessidade de violência”, lamenta.